Laboratório de Fronteira da FVS-RCP ampliou a carta de serviços.

A Fundação de Vigilância em Saúde Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), reforçou a rede de diagnóstico laboratorial na região do Alto Solimões. Com uma nova carta de serviços, o Laboratório de Fronteira (Lafron), em Tabatinga (a 1.100 quilômetros de Manaus) se tornou referência para nove cidades e países vizinhos.

Com o advento da pandemia da Covid-19, o Lafron passou a priorizar o diagnóstico desta doença. No entanto, com o avanço da vacinação e estabilização dos casos, a unidade, que funciona como um braço do Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), fortaleceu a área de biologia molecular para disponibilizar o acesso ao diagnóstico de outras doenças presentes na região.

O Lafron dispõe de estrutura física e capacidade para realizar até 2,5 mil exames de diagnóstico por demanda livre, procedentes das unidades de saúde dos municípios vizinhos.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou que o Lafron é um importante componente da vigilância em saúde estadual e nacional, por se tratar de um laboratório de fronteira. “Agora, podemos realizar o que é feito na capital em uma região de difícil acesso. Isso descentraliza o serviço e acelera o atendimento à população”, lembrou.

Atualmente a rede de saúde do Alto Solimões realiza exames de diagnóstico de HIV, hepatites virais, tuberculose, leishmaniose, hanseníase, arboviroses e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que estão em circulação. De acordo com o diretor da unidade, Herton Augusto, a ampliação do serviço significa, para a população, menos transtornos com logística e espera pelos resultados.

Entre os diagnósticos possíveis estão, ainda, dengue, zika, chikungunya e os demais vírus respiratórios.

Atendimento

O Lafron atende às demandas dos municípios localizados na região do Alto Solimões e também dos países da tríplice fronteira. “Hoje, nós estamos atendendo inclusive às unidades de saúde de Peru e Colômbia”, ressalta Herton Augusto.

A maior parte da demanda de atendimento do Lafron é procedente dos municípios brasileiros de Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte. Em seguida, da cidade colombiana de Letícia, localizada na fronteira com o Amazonas, e também de Santa Rosa, comunidade peruana.

Outros municípios beneficiados com os serviços prestados pelo Lafron são: São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Fonte Boa, Amaturá e Jutaí, também localizados na região do Alto Solimões.

O Lafron não atende a população de maneira direta. Os exames são disponibilizados para a população através das unidades de saúde de baixa e média complexidade na região. Isso significa que os exames precisam ser coletados nos hospitais, unidades básicas ou clínicas e encaminhados para processamento no Lafron.

O bioquímico Walter André, do Lacen-AM em Manaus, esteve na unidade para as tratativas de funcionamento e expansão dos serviços da unidade. De acordo com ele, a unidade está em condições de ofertar um atendimento muito parecido com o da capital. “Fomos lá, levamos treinamento e eles estão preparados, dentro das suas condições, para fazer um trabalho que é importante para a vigilância em saúde”, afirmou.

Referência

A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas, o que inclui a Vigilância Laboratorial por meio do Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) que está ligado ao Laboratório de Fronteiras (Lafron) em Tabatinga.

A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. Contato telefônico da FVS-RCP (92) 2129-2500 e 2129-2502.


Fonte: AMPOST