Procuradora Lígia Cireno Teobaldo pede ainda que Silas devolva aos cofres públicos o valor considerado ilegal investido na campanha eleitoral.

Porto Velho, RO
- O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação de mandato do deputado federal Silas Câmara (Republicanos) e o acusa de gastos ilícitos com fretamento de aeronaves para sua campanha eleitoral.

A representação, assinada pela procuradora eleitoral auxiliar Lígia Cireno Teobaldo, e ingressada nessa segunda-feira (19/12) lista uma série irregularidades graves cometidas no fretamento de quatro aerovanves.

O gasto com essas despesas foi de quase R$ 400 mil (R$ 396,5 mil). O valor representa 12,73% dos R$ 3,1 milhões que ele recebeu para se reeleger.

Cruzando a prestação de contas de Silas com notas fiscais, documento dos voos e diário de bordo dos pilotos, o Ministério Público Eleitoral aponta várias inconsistências.

Entre as irregularidades, estão viagens para o Acre sem justificativa e voos para o interior do tipo “bate-volta” sem certeza da presença do deputado para realizar campanha nos municípios de destino. Na viagem para o Acre, a procuradora ainda cita possível transporte irregular de passageiros, com criança de colo entre os transportados no voo.

Além disso, o Estado vizinho é base política da esposa de Silas Câmara, a deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos-AM), que se reelegeu neste ano ao cargo.

A denúncia indica também que Silas concedeu carona em alguns voos, para pessoas sem ligação em sua campanha e até para outros candidatos, como o seu irmão Dan Câmara (PSC), deputado estadual eleito.

A procuradora Lígia pede a cassação do diploma do candidato eleito, Silas Câmara, e que devolva aos cofres públicos o valor considerado ilegal investido na campanha.


Fonte: AMPOST