De acordo com Daniel Scioli, o objetivo é aumentar a integração entre os países.
Após uma reunião como ministro da Fazenda Fernando Haddad, o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, confirmou nesta terça-feira (3/1) a intenção do novo governo Lula de criar uma moeda comum para o Mercosul com o objetivo de fortalecer a “integração regional” no bloco para fins comerciais.
O projeto da moeda comum, segundo o embaixador, não excluiria as outras em circulação nos países do continente. “Não significa a exclusão das moedas em circulação, mas a criação de uma unidade de valor real para a integração regional”, disse o embaixador. O diplomata sinalizou que o bloco descarta a criação de uma moeda como euro, moeda oficial dos países-membros da União Europeia.
“A moeda quer unificar o bloco devido à crise da globalização”, completou. Scioli chegou ao Ministério da Fazenda, na Esplanada, ao meio-dia e saiu próximo das 13h. Na agenda, o encontro duraria apenas 15 minutos.
O embaixador afirmou que o objetivo dos governos Lula e Alberto Fernández é “promover mais integração energética e financeira, possibilitando mais intercâmbio comercial entre nossos países”.
Scioli contou que, depois do encontro com Haddad ainda se reúne com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para tratar dos mesmos temas e da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Buenos Aires, em 23 de janeiro, onde participará da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A viagem foi confirmada, ontem, durante o encontro de Lula com o presidente argentino, Alberto Fernández.
O encontro do ministro com o embaixador argentino foi incluído de última hora na agenda de Haddad, e ocorreu logo após a primeira reunião oficial com os secretários da pasta na manhã de hoje no Bloco P da Esplanada dos Ministérios.
Participaram do encontro o secretário-executivo, Gabriel Galípolo; a Procuradora-Geral da Fazenda Nacional, Anelize de Almeida; o secretário especial da Receita Federal do Brasil, Robinson Barreirinhas; o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron; o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello; a secretária de Assuntos Internacionais, Tatiana Rosito, e assessores especiais.
Haddad e o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, escreveram um artigo em abril de 2022 defendendo a retomada da discussão de uma moeda comum, iniciada durante os governos petistas.
Haddad e o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, escreveram um artigo em abril de 2022 defendendo a retomada da discussão de uma moeda comum, iniciada durante os governos petistas.
No texto eles defendem a tese de que a experiência da operacionalização da Unidade Real de Valor (URV), que preparou o terreno para o Plano Real, poderia subsidiar a criação de uma nova moeda digital sul-americana (SUR), capaz de fortalecer a região.
“A criação de uma moeda sul-americana é a estratégia para acelerar o processo de integração regional, constituindo um poderoso instrumento de coordenação política e econômica para os povos sul-americanos”, escreveram. “É um passo fundamental rumo ao fortalecimento da soberania e da governança regional, que certamente se mostrará decisivo em um novo mundo.”
Fonte: AMPOST
“A criação de uma moeda sul-americana é a estratégia para acelerar o processo de integração regional, constituindo um poderoso instrumento de coordenação política e econômica para os povos sul-americanos”, escreveram. “É um passo fundamental rumo ao fortalecimento da soberania e da governança regional, que certamente se mostrará decisivo em um novo mundo.”
Fonte: AMPOST
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