Ao longo da semana, o militar gravou um novo vídeo pedindo desculpas
O coronel da reserva Adriano Camargo Testoni, que se gravou no ato golpista de último domingo xingando oficiais do Exército, passou à condição de investigado, segundo afirmou o Exército nesta sexta-feira. Ao longo da semana, o militar gravou um novo vídeo pedindo desculpas.
Após os vídeos de Testoni começarem a circular nas redes no início da semana, o militar foi exonerado do cargo que ocupava no Hospital das Forças Armadas, como assessor da Divisão de Coordenação Administrativa e Financeira.
Na gravação que levou a investigação, o coronel da reserva aparece ao lado de uma mulher, identificada como sua esposa, em meio a multidão que cercava o Congresso Nacional, no último domingo:
— Bando de generais filhas da p***. Vão tudo tomar no c*. Vanguardeiros de merda. Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente. Esse nosso Exército é uma merda. — diz Testoni.
— Vergonha de ter passado 35 anos na caserna e ver agora o povo ser achincalhado. — diz ele em outra gravação.
Coronel da reserva que xingou oficiais em ato golpista pede desculpas
Ao longo da semana, um novo vídeo começou a circular nas redes. Nele, o militar pede desculpas pelas ofensas e afirma que estava sob 'forte emoção' quando fez o registro. Ele nega ter invadido prédios públicos naquele dia:
— Não invadimos nada, fomos contra a violência. Estávamos errados, no local errado. Mas se você vê um parente, uma pessoa que você ama ferida, sem conseguir enxergar, respirar... A emoção tomou conta — diz o militar, na reserva desde 2017 — Todo mundo me conhece e sabe que eu não sou assim normalmente.
Ao longo do pedido de desculpas, o coronel da reserva dirige-se a alguns oficiais específicos, que havia ofendido diretamente no domingo. Entre eles, estão os generais Pinto Sampaio e o general Duarte Pontual, além do general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, que também estava no ato.
Em publicações nas suas redes sociais, Testoni compartilha imagens e montagens de caráter golpista, em que pede a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outro, advoga a 'queda do sistema'.
Fonte: O GLOBO
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