A queda da estrutura, ocorrida em setembro do ano passado, deixou quatro mortos, um desaparecido e 14 pessoas feridas. Menos de duas semanas depois, outra ponte desabou na mesma rodovia.
Porto Velho, RO - Um trecho da BR-319 será interditado, no Amazonas, nesta quinta-feira (5), para a retirada de destroços da Ponte Rio Curuçá, que desabou em setembro do ano passado. A queda da estrutura deixou quatro mortos, um desaparecido e 14 pessoas feridas.
Menos de duas semanas após o desabamento da ponte no Rio Curuçá, uma segunda ponte, a Autaz Mirim, também caiu na BR-319. Ninguém ficou ferido. As duas estruturas ainda não foram reconstruídas.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que a interdição ocorrerá entre 10h e 14h desta quinta. "Será necessário interromper o tráfego da BR-319/AM", afirmou o órgão.
De acordo com o Dnit, a interdição é para que seja realizado o transporte de uma balsa entre a cidade de Careiro da Várzea (km 13) e a ponte sobre o rio Curuçá (km 23,1). "O equipamento será utilizado no apoio aos serviços de demolição da ponte", informou.
Trabalho de milhões
Segundo o Dnit, os trabalhos de retirada das estruturas de concreto dos rios Curuçá e Autaz-Mirim começaram em dezembro do ano passado. Só a retirada dos destroços vai custar mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos. "Foram assinados dois contratos, um para cada ponte, totalizando um investimento de aproximadamente R$ 7,5 milhões", afirmou o órgão.
A expectativa do Dnit é de que os trabalhos sejam concluídos em 90 dias. "Para que seja iniciada o quanto antes a reconstrução das novas pontes no km 23,1 e no km 24,6 da rodovia", disse.
Conforme a autarquia, na primeira etapa dos trabalhos, as equipes do órgão estão atuando na execução dos caminhos de serviço para que as máquinas possam chegar até o local da demolição e remoção das estruturas de concreto.
Ponte Autaz Mirim, BR-319, desabou no dia 8 de outubro de 2022 — Foto: Rede Amazônica
Reconstrução
Nesta semana, o Dnit afirmou que trabalha na contratação emergencial das empresas que vão reconstruir as novas travessias. "No caso da ponte sobre o rio Curuçá, o processo está na fase de contratação da empresa", afirmou.
Para as obras de Autaz-Mirim, a expectativa do órgão é concluir a contratação emergencial e assinar o contrato com a empresa no início deste ano. "A autarquia ressalta que, de acordo com o artigo 75 da Lei nº 14.133/2021, o prazo para as obras contratadas de forma emergencial é de até um ano", argumentou o Dnit.
Como o prazo para retirada dos destroços deve durar até 90 dias, ou seja, uma média de três meses, as obras de reconstrução das duas pontes devem começar somente em abril, se a contratação das empresas ocorrer dentro deste período.
Relembre o caso
A ponte sobre o Rio Curuçá desabou no dia 28 de setembro de 2022. Pessoas e veículos, incluindo um caminhão, caíram no rio. No dia 8 do mês seguinte, a segunda ponte caiu, horas após ser interditada na rodovia federal.
Infográfico mostra área onde fica ponte Autaz Mirim, que desabou no dia 8 de outubro de 2022 no Amazonas - — Foto: Arte g1
Após os desabamentos, parte das cidades do Amazonas ficaram isoladas por terra. Agravado pela seca dos rios, que inviabiliza o transporte fluvial, o problema afetou o abastecimento em, pelo menos, três municípios. O transporte de alimentos e combustíveis foi prejudicado.
Desde os desabamentos, ocorridos há três meses, as duas pontes não foram reconstruídas pelo Dnit. Os destroços das estruturas também continuam nos locais.
Nos dois trechos, foram instaladas estruturas provisórias para a passagem de pessoas e veículos. A ponte sobre o Rio Curuçá, primeira a desabar, recebeu uma balsa, que liga as duas extremidades do rio. Já a ponte a Autaz Mirim teve um trecho aterrado de ponta a ponta.
Fonte: G1/AM
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