Mirivan e Matheus foram atropelados por uma picape
O atropelamento que matou Mirivan Soares de Oliveira, de 32 anos e o filho dela, Matheus Soares de Oliveira, de dois anos, completa um mês nesta terça-feira (7). O auxiliar de almoxarifado Andson Cristiano, marido de Mirivan e pai de Matheus, fala da dor e pede justiça: "Eu não estou vivendo, eu estou sobrevivendo".
Testemunhas relataram que mãe e filho estavam na calçada, em frente a um comércio, quando foram atingidos. O dono do carro, estaria ensinando a mulher a dirigir. Quando tentava fazer uma curva, a esposa, que não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH), teria perdido o controle do veículo e subido a calçada, causando o acidente.
Mirivan morreu na hora. Matheus ainda foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital.
O pai e marido das vítimas pede justiça pela perda de Matheus e Mirivan. — Foto: Henry Clay/Rede Amazônica
Há um mês da perda da família, Andson Cristiano contou à Rede Amazônica como soube que a esposa e o filho tinham sofrido o acidente.
"Fiquei sabendo no momento que eu estava chegando no trabalho, que alguns colegas começaram a ligar pro meu celular, e foi quando eu tive a notícia que meu filho estava no hospital. Então, eu fui até em casa e vi aquela cena, uma multidão na rua e minha esposa, embaixo do carro, falecida", disse.
No dia do acidente, o casal responsável pelo atropelamento foi detido e liberado após passar por audiência de custódia. Conforme a Justiça, a prisão foi ilegal, porque os dois permaneceram no local e prestaram auxílio às vítimas.
No entanto, Andson disse que o casal, inicialmente, fugiu do local e não deu apoio à família após o acidente.
"A partir do momento que eles fizeram isso, os dois se evadiram do local, entraram na casa deles, e por orientação do advogado, o rapaz que deu o carro para a senhora, ele ficou ao lado do carro. Mas no primeiro momento, eles não deram nenhuma assistência, nem mesmo ligaram para saber como está a família, não tiveram interesse", afirmou o auxiliar de almoxarifado.
Pedido de justiça
Familiares e amigos de mãe e filho mortos após serem atropelados em uma calçada em Manaus pedem justiça. — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
No dia 14 de janeiro, uma semana após o acidente, familiares das vítimas se reuniram em frente à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) para pedir Justiça. Com cartazes e balões, eles fizeram uma manifestação pedindo a prisão dos suspeitos do atropelamento.
Um mês depois, Andson descreve que o sentimento de revolta ainda é grande e que a família quer justiça, para que casos parecidos não voltem a acontecer.
"Hoje em dia a gente quer justiça. Ultimamente, está tendo tanto acidente de trânsito aqui em Manaus. Então, minha pergunta é: será se todos vão ficar nessa situação? A pessoa pega, atropela alguém, e no mesmo dia está solta. É isso que a gente não quer, a gente quer justiça e que esse nosso caso sirva de exemplo para toda a sociedade amazonense", disse.
A Rede Amazônica procurou a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) para saber sobre o andamento do caso e aguarda retorno.
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