Homens da equipe demonstram estar emocionados enquanto se abraçam, sorriem e batem palmas
Uma idosa de 74 anos foi retirada viva dos escombros por equipes de resgate em Kahramanmaras, na Turquia, 227 horas após o terremoto do último dia 6. De acordo com a imprensa local, ela se chama Cemile Kekec.
Imagens da İhlas News mostram o resgate e o momento logo em seguida da comemoração dos socorristas ao terem conseguido salvá-la. Eles demonstram estar emocionados enquanto se abraçam, sorriem e batem palmas, como é possível ver no vídeo abaixo, registrado nesta quarta-feira.
Cerca de cinco horas antes, uma mulher de 42 anos também foi resgatada na mesma cidade, informou o portal da Al Jazeera.
O número de mortos ultrapassou 41 mil, sendo 35.418 vítimas na Turquia e mais de 5,8 mil na Síria, conforme a última atualização publicada pelo portal.
Esperança de novos milagres motiva hospital de campanha na Turquia
Após passar mais de 180 horas debaixo dos escombros, Abir, uma jovem síria, conseguiu sobreviver e agora está sendo reanimada em um hospital de campanha em Hatay, uma das províncias turcas mais atingidas pelo terremoto.
— Estou ouvindo seu pulso! — comemora um dos paramédicos reunidos em uma tenda marrom para procederem a reanimação da jovem de 25 anos.
Durante uma semana, as ambulâncias percorreram a província no sul da Turquia com suas sirenes estridentes, mas o barulho quase desapareceu nesta terça-feira.
— É um milagre encontrar outro paciente vivo debaixo dos escombros — diz o médico Yilmaz Aydin.
Em três horas, apenas seis veículos de resgate levavam feridos a este hospital de campanha montado no estacionamento de um grande hospital de Antakya.
— A partir de agora, os sobreviventes certamente estarão em estado mais crítico. A maioria deles precisará de cuidados de emergência vitais — analisou Aydin.
Após 180 horas nos escombros, Abir "teve um pneumotórax", a presença de ar e gás na pleura, a membrana que reveste os pulmões, explica o médico Nihat Mujdat Hokenek, que supervisiona o atendimento.
— Seu coração parou duas vezes, mas conseguimos recuperá-la. Fizemos tudo o que a literatura médica recomenda. E, depois de uma hora e meia de esforços, ela sobreviveu — contou.
'Questão de minutos'
— Foi um momento muito especial, talvez o resgate mais extraordinário da minha vida pelas circunstâncias em que ocorreu, disse Omar, um dos enfermeiros que realizou o procedimento de reanimação na jovem. — Salvei muitas vidas, mas nunca estive tão feliz.
Outras duas mulheres feridas foram levadas a outro hospital.
— Meu pai está aqui? Minha mãe está aqui? — perguntou uma delas, chorando, antes de ser levada por um helicóptero.
Mas Hokenek acredita que possa haver outros milagres.
Apesar do frio, algumas vítimas "poderiam sobreviver mais tempo" se estivessem em um local seguro entre os escombros, com um pouco de comida e água, disse Aydin, embora reconheça que isso "raramente" acontece.
Dois paramédicos estrangeiros, no entanto, estão menos otimistas.
— Realmente é preciso que a pessoa seja jovem e saudável porque a hipotermia é um fator agravante — comenta um que prefere não ser identificado. — Neste momento, depois de uma semana, é realmente uma questão de minutos.
Abir acabou sendo colocada em uma maca e transportada em uma ambulância, mas enquanto um helicóptero esperava para levá-la a um hospital em Adana, a 200 quilômetros de distância, seu estado piorou novamente.
Fonte: O GLOBO
Cerca de cinco horas antes, uma mulher de 42 anos também foi resgatada na mesma cidade, informou o portal da Al Jazeera.
O número de mortos ultrapassou 41 mil, sendo 35.418 vítimas na Turquia e mais de 5,8 mil na Síria, conforme a última atualização publicada pelo portal.
Esperança de novos milagres motiva hospital de campanha na Turquia
Após passar mais de 180 horas debaixo dos escombros, Abir, uma jovem síria, conseguiu sobreviver e agora está sendo reanimada em um hospital de campanha em Hatay, uma das províncias turcas mais atingidas pelo terremoto.
— Estou ouvindo seu pulso! — comemora um dos paramédicos reunidos em uma tenda marrom para procederem a reanimação da jovem de 25 anos.
Durante uma semana, as ambulâncias percorreram a província no sul da Turquia com suas sirenes estridentes, mas o barulho quase desapareceu nesta terça-feira.
— É um milagre encontrar outro paciente vivo debaixo dos escombros — diz o médico Yilmaz Aydin.
Em três horas, apenas seis veículos de resgate levavam feridos a este hospital de campanha montado no estacionamento de um grande hospital de Antakya.
— A partir de agora, os sobreviventes certamente estarão em estado mais crítico. A maioria deles precisará de cuidados de emergência vitais — analisou Aydin.
Após 180 horas nos escombros, Abir "teve um pneumotórax", a presença de ar e gás na pleura, a membrana que reveste os pulmões, explica o médico Nihat Mujdat Hokenek, que supervisiona o atendimento.
— Seu coração parou duas vezes, mas conseguimos recuperá-la. Fizemos tudo o que a literatura médica recomenda. E, depois de uma hora e meia de esforços, ela sobreviveu — contou.
'Questão de minutos'
— Foi um momento muito especial, talvez o resgate mais extraordinário da minha vida pelas circunstâncias em que ocorreu, disse Omar, um dos enfermeiros que realizou o procedimento de reanimação na jovem. — Salvei muitas vidas, mas nunca estive tão feliz.
Outras duas mulheres feridas foram levadas a outro hospital.
— Meu pai está aqui? Minha mãe está aqui? — perguntou uma delas, chorando, antes de ser levada por um helicóptero.
Mas Hokenek acredita que possa haver outros milagres.
Apesar do frio, algumas vítimas "poderiam sobreviver mais tempo" se estivessem em um local seguro entre os escombros, com um pouco de comida e água, disse Aydin, embora reconheça que isso "raramente" acontece.
Dois paramédicos estrangeiros, no entanto, estão menos otimistas.
— Realmente é preciso que a pessoa seja jovem e saudável porque a hipotermia é um fator agravante — comenta um que prefere não ser identificado. — Neste momento, depois de uma semana, é realmente uma questão de minutos.
Abir acabou sendo colocada em uma maca e transportada em uma ambulância, mas enquanto um helicóptero esperava para levá-la a um hospital em Adana, a 200 quilômetros de distância, seu estado piorou novamente.
Fonte: O GLOBO
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