Lenaria Aparecida Pereira Sandoval recebeu pena de 17 anos de prisão pela morte de José Ribeiro de Lima, pai do atual prefeito de Santa Rosa da Serra (MG), José Humberto Ribeiro
Uma brasileira condenada por assassinato foi presa por agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, da sigla em inglês) dos Estados Unidos nesta segunda-feira, na cidade americana de Quincy, em Massachusetts. Contra Lenaria Aparecida Pereira Sandoval, de 29 anos, mineira de Campos Altos, havia um mandado de prisão pelos crimes de homicídio, vilipêndio de cadáver e roubo de veículo. O nome dela constava na Difusão Vermelha da Interpol.
Lenaria está sob custódia do ICE e aguarda uma audiência no tribunal de imigração. Ele pode ser deportada para o Brasil onde deve cumprir pena de 17 anos de prisão. A sentença contra ela foi proferida em setembro de 2021.
De acordo com o ICE, Lenaria tentou mudar seu status nos EUA cinco meses antes de ser condenada pela Justiça mineira. Em abril de 2021, ela tentou obter um "Green Card", mas não divulgou informações sobre as acusações criminais que enfrentava na época. Após a sentença, um mandado de prisão contra ela foi emitido pelo Judiciário.
"Quando as autoridades policiais brasileiras emitiram o mandado criminal internacional para sua prisão, os oficiais de imigração do ERO Boston (Equipe de Operações com Operações de Execução e Remoção) iniciaram uma investigação para encontrá-la e confirmaram sua presença na jurisdição do ERO Boston", diz o comunicado.
Lenaria foi condenada à revelia pelo assassinato de José Ribeiro de Lima, pai do atual prefeito de Santa Rosa da Serra (MG), José Humberto Ribeiro. O crime aconteceu em 4 de dezembro de 2013, quando a brasileira tinha 20 anos.
Conforme a acusação, Lenaria matou, ateou fogo no corpo de José Ribeiro de Lima e, em seguida, fugiu com o carro da vítima.
Em outubro de 2021, Lenaria entrou com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido foi negado pela ministra Laurita Vaz. Na demanda, a brasileira afirmou que "por circunstâncias alheias não pode retornar ao Brasil para acompanhar a sessão de julgamento, embora devidamente intimada".
Na decisão, a ministra ressaltou que Lenaria, após o crime, ciente da tramitação do processo, sem informar à autoridade judicial, mudou-se para os Estados Unidos. E que o processo judicial teve início porque a Justiça mineira conseguiu citá-la quando informado que a investigada estava no Brasil. "No dia em que comunicada, retornou ao exterior", escreveu a magistrada.
Fonte: O GLOBO
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