Defesa de Nabil Ghorayeb afirma que sentença é 'injusta' e que o cliente está 'indignado'
O cardiologista Nabil Ghorayeb tentou passar a mão nas partes íntimas da mulher e colocou a dela sobre a própria genitália, por cima da calça. É o relato da vítima que levou à condenação do médico pela Justiça de São Paulo, pelo crime de importunação sexual.
Ainda cabe recurso. O caso aconteceu em janeiro de 2021, quando Nabil Ghorayeb recebeu a vítima no consultório dele, em São Paulo, para um consulta online com a mãe dela, que estava internada após um ataque cardíaco.
A mulher relatou às autoridades que, na ocasião, o médico passou a elogiá-la e pediu que ela tirasse a máscara de proteção para ver seu rosto. Depois, segundo ela, o cardiologista tentou colocar a mão por baixo do vestido e, com a recusa da mulher, passou a mão nas partes íntimas dela por cima da roupa e ainda colocou a mão dela na própria genitália, sobre a calça, enquanto dizia frases de cunho sexual.
A Justiça de São Paulo condenou o médico Nabil Ghorayeb a 1 ano e 1 mês de prisão, em regime aberto, pelo crime de importunação sexual. Na sentença, o juiz José Paulo Camargo Magano, da 11ª Vara Criminal da Capital, disse que ficou comprovada a prática do ato libidinoso contra a vontade da vítima.
O magistrado concedeu a substituição da pena por duas medidas restritivas de direito, a serem definidas na fase de execução. A defesa do cardiologista diz que vai recorrer da condenação.
Em nota, a defesa do médico afirmou que Nabil Ghorayeb foi condenado "sem provas concretas do fato". Na avaliação do advogado Paulo Soldá, a condenação em primeira instância é injusta.
"Desde o inicio do processo, o Dr. Nabil Ghorayeb mostrou-se indignado diante das acusações inverídicas e, tão logo seja intimado, irá recorrer", afirmou o advogado, em nota.
Médico supervisionou exames em Neymar e foi consultado sobre saúde de Maradona
A condenação não impede Nabil Ghorayeb de exercer a profissão. O cardiologista é um dos especialista mais conhecidos no país no ramo da medicina do esporte. Em 2012, ele supervisionou a realização de exames de Neymar, quando o craque ainda atuava pelo Santos.
A mulher relatou às autoridades que, na ocasião, o médico passou a elogiá-la e pediu que ela tirasse a máscara de proteção para ver seu rosto. Depois, segundo ela, o cardiologista tentou colocar a mão por baixo do vestido e, com a recusa da mulher, passou a mão nas partes íntimas dela por cima da roupa e ainda colocou a mão dela na própria genitália, sobre a calça, enquanto dizia frases de cunho sexual.
A Justiça de São Paulo condenou o médico Nabil Ghorayeb a 1 ano e 1 mês de prisão, em regime aberto, pelo crime de importunação sexual. Na sentença, o juiz José Paulo Camargo Magano, da 11ª Vara Criminal da Capital, disse que ficou comprovada a prática do ato libidinoso contra a vontade da vítima.
O magistrado concedeu a substituição da pena por duas medidas restritivas de direito, a serem definidas na fase de execução. A defesa do cardiologista diz que vai recorrer da condenação.
Em nota, a defesa do médico afirmou que Nabil Ghorayeb foi condenado "sem provas concretas do fato". Na avaliação do advogado Paulo Soldá, a condenação em primeira instância é injusta.
"Desde o inicio do processo, o Dr. Nabil Ghorayeb mostrou-se indignado diante das acusações inverídicas e, tão logo seja intimado, irá recorrer", afirmou o advogado, em nota.
Médico supervisionou exames em Neymar e foi consultado sobre saúde de Maradona
A condenação não impede Nabil Ghorayeb de exercer a profissão. O cardiologista é um dos especialista mais conhecidos no país no ramo da medicina do esporte. Em 2012, ele supervisionou a realização de exames de Neymar, quando o craque ainda atuava pelo Santos.
Em 2004, ele foi consultado por médicos de Diego Maradona sobre a saúde do craque argentino, que havia sofrido uma overdose e estava com problemas graves no coração em razão do uso de drogas.
Uma investigação do Ministério Público reuniu outras sete pacientes que se queixaram do comportamento do médico.
Uma investigação do Ministério Público reuniu outras sete pacientes que se queixaram do comportamento do médico.
No entanto, os casos prescreveram, já que os atos atribuídos a Nabil Ghorayeb nas denúncias teriam ocorrido antes de 2018 — ano em que entrou em vigor a tipificação do crime de importunação sexual. O Código Penal estabelece pena de 1 a 5 anos de reclusão para quem "praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro".
Os casos foram denunciados ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que abriu procedimento para analisá-los. Procurado pelo GLOBO, o Cremesp ainda não respondeu sobre o andamento da apuração. As penalidades previstas pelo regimento do Conselho para uma eventual punição vão de advertência confidencial até a suspensão ou a cassação do registro profissional.
Fonte: O GLOBO
Os casos foram denunciados ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que abriu procedimento para analisá-los. Procurado pelo GLOBO, o Cremesp ainda não respondeu sobre o andamento da apuração. As penalidades previstas pelo regimento do Conselho para uma eventual punição vão de advertência confidencial até a suspensão ou a cassação do registro profissional.
Fonte: O GLOBO
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