Indicados para outras comissões que serão instaladas na Casa também começaram a ser definidos

Líder do PT na Câmara, o deputado Zeca Dirceu (PR) confirmou o nome de Arlindo Chinaglia (SP) como primeiro escolhido do partido para a CPI do 8 de Janeiro. Caciques petistas ainda analisam os demais pedidos para montar o time que enfrentará a bancada bolsonarista na Comissão que vai apurar as responsabilidades pelos ataques às sedes dos Três Poderes. 

A expectativa na casa é que o colegiado comece a funcionar depois que a Câmara vote o novo arcabouço fiscal — o relatório do deputado Cláudio Cajado (PP-BA) ainda não foi entregue.

Enquanto isso, o União Brasil, que vive uma crise com o governo por não entregar votos em pautas relevantes, apesar de ter indicado três ministros, definiu que Kim Kataguiri (SP) será o suplente de Arthur Maia (BA), que é tido como favorito para ocupar a presidência do colegiado. Integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim é opositor do Palácio do Planalto e protagonizou embates com o ministro da Justiça, Flávio Dino, durante depoimento à Comissão de Segurança da Câmara. Como suplente, ele terá direito à fala em sessões.

O União também definiu os seus membros titulares que participarão das CPIs das Americanas, MST e Apostas Esportivas. Na CPI das Americanas, os trabalhos caberão a Mendonça Filho (BA), Maurício Carvalho (RO), Fausto Santos Jr (AM) e Fabio Garcia (DF). Já para a CPI das Apostas Esportivas, os designados foram Leur Lomanto (BA), Jose Rocha (BA), Paulo Azi (BA), Saullo Vianna (AM), Coronel Ulysses (AC) e Paulinho Freire (RN).

Vista como potencial ferramenta de constrangimento para o governo, a CPI do MST terá a participação de nomes que, em seus estados, se apresentam como adversários políticos do petismo e são bem vistos pela bancada do agro: Coronel Assis (MT), Nicoletti (RR), Alfredo Gaspar (AL), Coronel Ulysses (AC) e Rafael Simões (MG).

PL também define nomes

O Partido Liberal (PL) também definiu os nomes que indicará para compor as vagas nas CPIs dos ataques golpistas e do MST. A sigla liderada por Valdemar Costa Neto negocia para que cinco integrantes ocupem as vagas titulares do colegiado que vai tratar sobre as ocupações promovidas pelos sem-terra no início do governo Lula.

Os nomes são Ricardo Salles (SP), Carol de Toni (SC), Delegado Éder Mauro (PA), Domingos Sávio (MG) e Capitão Alden (BA). Gustavo Gayer (GO), Rodolfo Nogueira (MS) e Marcos Pollon (MS) aparecem na suplência.

Em relação aos nomes para a CPMI que investigará os ataques promovidos em 8 de janeiro, o PL reitera que não irá recuar e terá, como titulares, André Fernandes (CE) — autor do pedido de criação da comissão —, Eduardo Bolsonaro (SP) e Alexandre Ramagem (RJ), como já havia sido antecipado pelo GLOBO. Nikolas Ferreira (MG), o pastor Marco Feliciano (SP) e Felipe Barros (PR) serão suplentes.


Fonte: O GLOBO