A provável decretação da inelegibilidade de Jair Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste momento, é vista com ressalvas por uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF).
A leitura de três magistrados ouvidos pela coluna é que há motivos para cassar os direitos políticos do ex-presidente, mas que o timing de decidir o tema neste momento poderia favorecê-lo.
A avaliação é que Bolsonaro e seu partido, o PL, terão mais tempo para construir a candidatura de um sucessor até 2026 e que o ex-presidente teria maior prazo para reforçar a narrativa que tenta emplacar como vítima e perseguido político.
Por outro lado, os magistrados admitem que o caso precisa ser apreciado antes de o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro Benedito Gonçalves, deixar o cargo. Ele sai da corte em novembro, ao completar dois anos de mandato. Gonçalves é o relator do caso e fez um voto duro, na terça-feira, pela inelegibilidade de Bolsonaro.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, já sinalizou a aliados que há a possibilidade de apreciar outras ações envolvendo o ex-presidente antes da saída de Gonçalves. Uma delas se refere à disseminação de notícias falsas na campanha eleitoral.
Fonte: O GLOBO
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