Arthur Maia (União-BA) afirmou que Marina 'quer fazer do Ibama uma arma inimiga do crescimento econômico'

O presidente da CPI do 8 de janeiro e relator do marco temporal para terras indígenas, o deputado federal Arthur Oliveira Maia (União Brasil-BA) criticou neste domingo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). 

Em postagem nas redes sociais, o parlamentar afirmou que a aliada de Lula (PT) deseja colocar o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra o "crescimento econômico" do país.

"O dilema do governo é ter apenas 130 deputados alinhados ideologicamente com a esquerda, precisar que o agronegócio continue sustentando a balança comercial, ter uma ministra do Meio Ambiente xiita que quer fazer do Ibama uma arma inimiga do crescimento econômico", escreveu em crítica à articulação do governo no Congresso Nacional.

Em seguida, também neste domingo, o deputado compartilhou em que três indígenas atiram pedras em uma anta. De acordo com ele, o ato não teria tido a intenção de comer, por conta das "risadas". Neste contexto, cobrou novamente Marina:

"Agora me digam uma coisa: querem tanta terra para fazer isso? Espero realmente que o Marco Temporal passe e voltemos a ter ordem no nosso país!", afirmou.

O projeto do marco temporal tramita em urgência na Câmara e chegou ao Senado na última semana. O presidente da Casa, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o texto será primeiramente avaliado pelas comissões temáticas. Na Câmara, a proposta seguiu direto ao plenário.

A crítica de Maia a Marina ocorre em meio à pressão na agenda ambiental e isolamento da ministra no governo. Alas do Planalto pressionam a titular em relação à exploração de petróleo no rio Amazonas. No mês passado, o Ibama negou licença à Petrobras.


Fonte: O GLOBO