Embarcações, aviões e tecnologia de quatro países foram empregados em buscas por tripulantes do submersível Titan, que morreram em implosão no oceano

A operação de resgate no meio do Oceano Atlântico pelo submersível Titan e seus cinco tripulantes envolveram embarcações, robôs, aviões e diferentes tecnologias de pelo menos quatro países — Estados Unidos, Canadá, França e Noruega, desde domingo, quando a nave subaquática perdeu contato com a superfície. 

Depois de encontrarem destroços perto do Titanic, para onde o grupo se dirigia quando sumiu, a Guarda Costeira americana confirmou que todos morreram numa "implosão catastrófica".

As buscas prosseguem, mas quanto já custou essa operação e quem está pagando por ela? É uma das dúvidas que restam sobre a tragédia. O exato custo dos esforços de resgate não foi divulgado oficialmente. Mas o chefe da Associação Nacional de Busca e Resgate, Chris Boye, disse que a operação já superou a marca dos "milhões". O jornal espanhol "As" afirma que mais de US$ 6,5 milhões já haviam sido gastos até esta quinta-feira — ou seja, R$ 31 milhões, na cotação atual.

Uma flotilha de aviões e embarcações e tecnologias especializadas participam das buscas pelo submersível turístico. Os esforços de salvamento contam com aviões de detecção de submarinos, robôs controlados remotamente (ROV) e equipamentos de escuta por sonar para ajudar a rastrear o oceano à procura do submarino. A Marinha americana confirmou, por exemplo, o envio do seu Sistema Flyaway de Salvamento em Oceano Profundo (FADOSS, na sigla em inglês) para a área de buscas.

Até o momento, resta incerto também quem pagará essa conta: os pagadores de impostos, as famílias das próprias vítimas, a empresa OceanGate ou outros. Não há informações tampouco se os passageiros ou a operadora da expedição chegaram a contratar algum seguro para eventuais danos. Cada turista pagou US$ 250 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) para embarcar no submersível Titan. Como o quinto passageiro era o CEO da empresa, estima-se que o valor dos bilhetes tenha ficado em US$ 1 milhão (R$ 4,7 milhões).

Para efeito de comparação, o jornal "New York Times" lembrou que um experiente canoísta foi resgatado em 2021 durante uma travessia da costa da Califórnia ao Havaí. Na ocasião, a Guarda Costeira americana estimou que a operação com um helicóptero e um mergulhador custou US$ 42 mil (cerca de R$ 200 mil), de acordo com o diário "The San Francisco Chronicle".


Fonte: O GLOBO