Embarcação com cinco tripulantes sumiu no Atlântico durante uma expedição turístico aos destroços do naufrágio mais famoso do mundo

O submarino que desapareceu durante a expedição ao local do naufrágio do Titanic no domingo não foi o único a ser perder em alto-mar na história. No passado, outras embarcações mobilizaram enormes operações de busca — a maioria, infelizmente, resultando em tragédias com poucos ou nenhum sobrevivente.

Submarino alemão KRI Nanggala-402 (2021)

Em 2021, um submarino de construção alemã da Marinha indonésia desapareceu no Estreito de Bali com 53 tripulantes. A embarcação perdeu contato quando realizava exercícios militares ao norte da ilha. O KRI Nanggala-402 carregava oxigênio suficiente para apenas três dias. Sinais do submarino foram recebidos apenas 4 dias depois a cerca de 800 metros de profundidade. 

Um veículo de resgate subaquático emprestado pelo governo de Cingapura encontrou, posteriormente, os destroços do submarino divididos em três partes. Todos os passageiros foram dados como mortos.

Submarino argentino ARA San Juan (2017)

O submarino argentino ARA San Juan partiu em 2017 de Ushuaia, na Patagônia, rumo ao Mar del Plata com 44 tripulantes. No entanto, quando estava na metade do caminho, a embarcação desapareceu na altura do Golfo de San Jorge, a 450 km da costa no Atlântico. 

As buscas começaram em 48 horas e contaram com a colaboração de 13 países, mas quinze dias depois do último sinal emitido, a Marinha interrompeu as operações para localizar sobreviventes. Os destroços da embarcação só foram encontrados um ano depois, a 800 metros de profundidade em uma região de cânions, onde já havia sido indicada uma anomalia equivalente a uma explosão.

Submarino indiano INS Sindhurshak (2013)

Considerado o pior acidente da Marinha indiana em mais de 40 anos, o submarino militar INS Sindhurshak ficou completamente destruído em 2013 após uma explosão no estaleiro onde estava estacionado em Bombaim, no oeste da Índia. Todos os 18 marinheiros que estavam a bordo morreram.

Submarino russo K-152 Nerpa (2008)

Em 2008, 20 pessoas morreram e outras 41 ficaram feridas após inalarem um gás tóxico quando estavam a bordo no submarino nuclear russo K-152 Nerpa no Mar do Japão. A substância, conhecida como freon, foi ativada por engano e liberada pelo sistema de incêndio da embarcação. O submarino estava sendo testado antes de ser comprado pela Marinha da Índia, que adquiriu o modelo em 2011 e o rebatizou de INS Chakra no ano seguinte.

Submarino chinês Ming (2003)

Após uma falha mecânica, o submarino chinês Ming matou os 70 membros da sua tripulação durante um exercício na costa da província chinesa de Shandong, no leste do país, em 2003. O acidente foi causado após um problema no sistema de ventilação, que não detectou os baixos níveis de oxigênio e sufocou toda a tripulação. Segundo especialistas, o caso é considerado a pior tragédia submersível desde a fundação da República Popular, em 1949.

Submarino russo Kursk (2000)

Na virada do século, o submarino nuclear Kursk, da Marinha russa, afundou no Mar de Barents com uma tripulação de 118 pessoas após uma explosão provocada por um torpedo — que chegou a atingir 1,5 de magnitude na escala Richter. Na ocasião, 23 marinheiros conseguiram se salvar, mas um imbróglio diplomático impediu que fossem resgatados a tempo, já que Moscou relutou em aceitar ajuda internacional e as buscas só iniciaram oito dias depois do incidente. Toda a tripulação morreu.

Submarino soviético Komsomolets (1989)

Um curto-circuito foi a causa de um incêndio em 1989 no submarino soviético Komsomolets, movido a propulsão nuclear, que navegava a 500 km da costa da Noruega. A embarcação, que levava ogivas nucleares, conseguiu ativar a tempo o procedimento de emergência, alcançando a superfície e permitindo que dezenas de tripulantes conseguissem sair do navio. Quarenta e duas pessoas morreram nas águas glaciais e 27 foram resgatadas com vida.


Fonte: O GLOBO