Planalto deve concluir nesta semana troca no Ministério do Turismo, com saída de Daniela Carneiro, mulher do prefeito de Belford Roxo
Na iminência de ver a mulher, Daniela Carneiro, deixar o comando do Ministério do Turismo, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, subiu o tom nas críticas ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), com quem se reuniu nesta terça-feira. Daniela perdeu o apoio da bancada do União Brasil, que indicou o deputado Celso Sabino (União-PA) para o posto, em um movimento que deve ser concretizado até o fim da semana.
Ao GLOBO, Waguinho voltou a lembrar do apoio que Sabino deu ao então presidente Jair Bolsonaro na campanha de 2022 e citou o fato de o parlamentar ter sido autor do texto que ficou conhecido como “PEC da Impunidade”. O projeto foi apresentado após a prisão do então deputado Daniel Silveira, aliado de Bolsonaro, e limitava a possibilidade de prisão de parlamentares.
O texto não chegou a ser votado, após pressão da sociedade civil e do Supremo Tribunal Federal (STF). O prefeito argumenta também que o União Brasil não entregará mais votos ao governo no Congresso com a troca.
— O ministro das Relações Institucionais parece atuar, na verdade, para fortalecer Bolsonaro. Padilha não está tendo a sensibilidade e o comprometimento com a valorização da mulher no espaço de poder, já que articula para a saída de uma deputada, a mais votada do Estado do Rio de Janeiro, evangélica, pela entrada de um homem ligado ao ex-presidente da República e sem qualquer compromisso com as pautas do governo Lula — disse Waguinho.
A expectativa no Palácio do Planalto é que a mudança seja oficializada até sexta-feira. Como Lula estava fora do país, para a Cúpula do Mercosul, o assunto ficou travado no início da semana.
Como mostrou O GLOBO, o governo busca uma saída para acomodar o grupo político de Daniela e Waguinho, Como uma forma de amenizar o desconforto, Lula negocia a construção de um hospital e um instituto federal em Belford Roxo, o que proporcionaria ganho político ao prefeito.
O prefeito está em Brasília e deve ir ao Planalto hoje para concluir as negociações — ele também busca uma nova posição para Daniela, que é deputada federal. Aliados de Sabino, por sua vez, têm pressa e já planejam a cerimônia de posse. Waguinho voltou a afirmar que aqueles que “têm gratidão não atingem seus aliados”.
— Têm gestos que fazemos que são impagáveis. Só espero que sejamos tratados da mesma forma, com o mesmo empenho. Colocamos nossas vidas em risco, fomos atacados, ameaçados e amedrontados. Sempre serei Lula, mas quanto tempo levará para o governo se dar conta de tamanho erro? — questiona.
Fonte: O GLOBO
— O ministro das Relações Institucionais parece atuar, na verdade, para fortalecer Bolsonaro. Padilha não está tendo a sensibilidade e o comprometimento com a valorização da mulher no espaço de poder, já que articula para a saída de uma deputada, a mais votada do Estado do Rio de Janeiro, evangélica, pela entrada de um homem ligado ao ex-presidente da República e sem qualquer compromisso com as pautas do governo Lula — disse Waguinho.
A expectativa no Palácio do Planalto é que a mudança seja oficializada até sexta-feira. Como Lula estava fora do país, para a Cúpula do Mercosul, o assunto ficou travado no início da semana.
Como mostrou O GLOBO, o governo busca uma saída para acomodar o grupo político de Daniela e Waguinho, Como uma forma de amenizar o desconforto, Lula negocia a construção de um hospital e um instituto federal em Belford Roxo, o que proporcionaria ganho político ao prefeito.
O prefeito está em Brasília e deve ir ao Planalto hoje para concluir as negociações — ele também busca uma nova posição para Daniela, que é deputada federal. Aliados de Sabino, por sua vez, têm pressa e já planejam a cerimônia de posse. Waguinho voltou a afirmar que aqueles que “têm gratidão não atingem seus aliados”.
— Têm gestos que fazemos que são impagáveis. Só espero que sejamos tratados da mesma forma, com o mesmo empenho. Colocamos nossas vidas em risco, fomos atacados, ameaçados e amedrontados. Sempre serei Lula, mas quanto tempo levará para o governo se dar conta de tamanho erro? — questiona.
Fonte: O GLOBO
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