Ex-ministro foi acusado por opositores de omissão e conivência com golpistas que depredava sede do Poder Executivo
O ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI) general Gonçalves Dias disse que usou de estratégia para conter golpistas que invadiram o Palácio do Planalto na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Gdias pediu demissão do cargo após a divulgação de imagens que mostram a movimentação dele durante a invasão do prédio, nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
A oposição passou a explorar as imagens, divulgadas pela CNN Brasil, para acusar o governo Lula de leniência com os atos golpistas. A divulgação do vídeo levou à saída de GDias do GSI, órgão responsável pela segurança do presidente.
--Você não gerencia crise jogando gasolina, gerencia conversando e retirando as pessoas. Você tem regras de engajamento. Há necessidade do emprego parcelado da força, você realiza as prisões quando são necessárias e nós estamos trabalhando em um prédio de 36 mil metros quadrados. No início das operações estávamos com 135 homens, o primeiro reforço cegou as 15h40—disse Gdias comentando sobre as imagens que foram exibidas na CPI.
Ele afirmou ainda que no dia, um “rapaz visivelmente drogado” tentou entrar em luta corporal com ele no dia.
Gdias presta depoimento pela primeira vez na CPMI. O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o ex-chefe do GSI ficasse em silêncio diante de questionamentos que possam incriminá-lo. No entanto, ele está, até o momento, respondendo perguntas da relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Ele prestou depoimento aos deputados distritais em junho. Na ocasião, o aliado de Lula (PT) reconheceu erro na condução da Abin no episódio.
Fonte: O GLOBO
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