Programa sobre bastidores de ações militares exibiu momento em que militar foi enviado para evitar invasão do território da Otan

Câmeras do cockpit de um jato britânico registraram a tensão do piloto do 9º Esquadrão da RAF Lossiemouth que foi enviado para acompanhar a aproximação de três caças russos do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O pelotão fica em alerta para reagir rapidamente e interceptar quaisquer ameaças ao território do Reino Unido.

As cenas foram exibidas no programa Top Guns: Inside The RAF, que estreou nesta segunda-feira no Canal 4, da TV britânica. A atração mostra bastidores de operações militares nos céus do território europeu em meio à escalada de tensão após a invasão da Ucrânia pela Rússia, há mais de um ano.

No vídeo, o piloto britânico, identificado como Jake, recebe a missão de verificar a situação de três caças russos que se aproximavam do território da Otan. Em certo momento, ele os perde de vista e questiona a intenção e a missão dos russos naquele voo (assista a partir de 37:47).

— Estou começando a me preocupar. Eles simplesmente desaceleram sem motivo ou aceleram sem motivo — diz Jake. — É muito difícil determinar de onde eles vêm.

Ao programa, Jake destacou que sua profissão não tem margem para erros, que podem ter consequências catastróficas.

— Se eu cometer um erro, o resultado pode ser bastante catastrófico. Estamos aqui para mostrar uma frente unida. Se você vier para este país, haverá consequências. Mas se eu me deixar levar pelo momento e colidir acidentalmente com uma dessas aeronaves, isso poderá levar a uma escalada para a Terceira Guerra Mundial — ressaltou o piloto.

A base de Lossiemouth reúne mais de três mil militares. Durante seis meses, a produção do programa teve acesso a câmeras das aeronaves e a entrevistas com pilotos destacados para uma série de missões. A ideia de "Top Guns" é mostrar o trabalho na linha de frente da unidade e entender um pouco mais sobre as motivações e o cotidiano dos trabalhadores da Defesa britânica.


Fonte: O GLOBO