Pronunciamento do presidente foi dado durante evento no Rio para anunciar repasses a obras de infraestrutura no estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) associou, nesta quinta-feira, em discurso no Rio, políticas adotadas no governo Jair Bolsonaro ao incremento do poderio bélico de facções criminosas. Em pronunciamento após anunciar recursos para a revitalização da zona portuária da capital fluminense e para lançar uma faculdade de matemática na região, Lula defendeu investimentos em educação e alegou que a gestão Bolsonaro, em lugar desta área, priorizava o incentivo à compra de armas de fogo pela população.
Na sua fala, Lula argumentou que "o narcotráfico" teria sido o principal beneficiado com decretos de Bolsonaro que facilitaram a compra e venda de armas. Após revogar normas baixadas pelo ex-presidente logo no início do mandato, Lula assinou no fim de julho um decreto restringindo o acesso a armas de fogo por colecionadores, atiradores esportivos e caçados, conhecidos pela sigla CAC.
— Não é aceitável que um país alegre, que gosta de música, de dançar, vote em um cidadão que pregava o ódio, o desaforo, e que não incentivava ninguém a comprar livro, só comprar arma. E quem compra arma são vocês que estão aqui? Não, quem compra é o narcotráfico, que hoje está melhor armado do que a polícia em qualquer estado brasileiro — declarou Lula.
Em um discurso carregado de críticas ao antecessor, Lula afirmou ainda que os eleitores "podem votar em qualquer pessoa", exceto no que chamou de "figura grotesca que foi presidente de 2020 a 2022", numa referência ao período da pandemia da Covid-19. Em outros momentos, o atual presidente chamou Bolsonaro de "negacionista" e disse que o antecessor "até hoje não sabe como foi eleito" em 2018.
Fonte: O GLOBO
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