Prejuízo ao crime organizado está avaliado em R$ 100 milhões
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), deflagrou a Operação Ultimato, na noite de sexta-feira (25/08), que resultou na apreensão de cerca de duas toneladas de drogas, entre cocaína e maconha; sete fuzis calibre 556, munições, coletes balísticos e uma lancha, no Rio Solimões, comunidade do Pupunha, nas proximidades de Beruri (a 73 quilômetros de Manaus). O prejuízo ao crime organizado está avaliado em R$ 100 milhões.
A operação contou com o apoio tático da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM), Delegacia Fluvial (Deflu) e logística da Secretaria de Estado de Administração e Gestão (Sead).
A ação foi desencadeada após a equipe do DRCO iniciar uma investigação em torno de uma organização criminosa especializada em transportar drogas da tríplice fronteira para Manaus e, posteriormente, para os demais estados brasileiros.
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (28/08), o secretário de Segurança Pública do Amazonas, general Carlos Alberto Mansur, parabenizou a Polícia Civil pelo êxito na ação e no enfrentamento aos criminosos que resultou na retirada de circulação de grande quantidade de entorpecentes.
O delegado-geral da PC-AM, delegado Bruno Fraga, destacou que a investigação durou cerca de um ano e foi um trabalho de inteligência minucioso realizado pelo DRCO, que desarticulou essa organização criminosa transnacional que trazia drogas da região da tríplice fronteira para Manaus.
“A Polícia Civil deu devido enfrentamento a esse grupo criminoso, resultando na maior apreensão de cocaína do Amazonas, causando R$ 100 milhões de prejuízo, além de todas as armas de grosso calibre apreendidas. Ressalto que essa organização criminosa é extremamente bem estruturada, pois vieram em embarcação com adaptação para que pudessem suportar confronto com a polícia”, enfatizou o delegado-geral.
Operação
Conforme o delegado Mário Paulo, diretor do DRCO, após intensa investigação, na madrugada de sexta-feira (25/08) para sábado (26/08), a equipe identificou que um grande carregamento de drogas estava chegando na comunidade do Pupunha.
Diante disso, foi solicitado apoio tático da Core-AM e Deflu. As equipes foram ao local e se posicionaram estrategicamente, em seguida, avistaram a lancha em que estavam seis suspeitos. Ao se aproximarem, a equipe policial deu sinal de parada com sirene, giroflex e verbalmente, no entanto, os comandos não foram obedecidos, e os criminosos começaram a efetuar diversos disparos com fuzis calibre 556 contra os policiais, que revidaram a injusta agressão.
“Eles utilizam lanchas rápidas e só navegam à noite portando armas de guerra, inclusive já haviam realizado esse transporte outras vezes. Tivemos êxito em interceptá-los, houve confronto, nós estávamos em uma lancha blindada que foi extremamente atingida, mas nenhum policial foi atingido”, relatou o delegado.
Segundo o delegado Juan Valério, coordenador da Core-AM, a lancha dos indivíduos foi neutralizada, e ao perceberem que estavam perdendo o confronto, caíram na água e fugiram. As buscas continuaram no local, mas os criminosos não foram localizados.
“Eles não nos confrontaram apenas para fugir, e sim para nos abater. Esses criminosos contavam com algo que ainda não tínhamos visto que é uma lancha adaptada com placas de aço, pesando cerca de 30 quilos cada, que funcionam como escudos balísticos”, comentou Juan Valério.
Durante revista na embarcação, foram encontrados diversos sacos de fibra, contendo 1,5 tonelada de cocaína, e 240 quilos de maconha, além de sete fuzis de calibre 556, diversas munições, coletes balísticos e celulares.
Procedimentos
De acordo com o delegado Paulo Benelli, adjunto do DRCO, um Inquérito Policial (IP) foi instaurado para apurar os crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e organização criminosa.
“As investigações também irão focar na identificação dos suspeitos e para saber para onde os entorpecentes seriam enviados”, afirmou.
Fonte: AG/AM
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