O advogado Frederick Wassef, que hoje depõe na Polícia Federal, tem dito, a pessoas próximas, por que não recomprou, em sua viagem até os Estados Unidos, o valioso relógio Patek Philippe de Bolsonaro.

O item foi vendido em junho de 2022 pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, junto do Rolex de ouro branco e diamantes, na loja Precision Watches, na Pensilvânia. Ambos foram vendidos pelo valor de 68 mil dólares. Wassef trouxe o Rolex de volta, mas deixou o Patek Philippe.

Segundo interlocutores, Wassef afirma que se tratou de um “pedido”, uma ordem dada por alguém que, até agora, o advogado não revelou o nome. Para essa pessoa, só interessava, mesmo, recuperar o Rolex, deixando o Patek Philippe para trás. Wassef pagou US$ 49 mil para ter o Rolex de volta.

Segundo o advogado, a recompra pretendia atender a uma ordem para do Tribunal de Contas da União (TCU), para que a peça fosse devolvida com os demais itens de seu conjunto, os quais seriam recuperados, paralelamente, por Mauro Cid, em outra loja de joias nos Estados Unidos.

O Patek Philippe não chegou a ser declarado na lista de presentes oficiais feita pela equipe do ex-presidente. A PF suspeita que, justamente por ser um item totalmente clandestino, o relógio não foi recuperado. Depois de ameaçar não comparecer para depor, Wassef chegou nesta manhã na PF de São Paulo. Esse deve ser um dos temas a serem esclarecidos pelo advogado.


Fonte: O GLOBO