O GLOBO publica terceiro episódio da série 'Tem que Ler' com dicas de médicos para uma vida mais longa e feliz

Quando nasce uma criança, nasce também uma família cheia de dúvidas. Conforme o filho cresce, novas questões vão surgindo. Alimentação, sono, saúde, brincadeiras, estudos são alguns dos assuntos que permeiam a cabeça dos pais.

A convite do GLOBO, o pediatra, médico sanitarista e professor do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Daniel Becker conta quais são os 10 principais conselhos que os pais devem seguir no dia a dia para que seus filhos cresçam com uma boa saúde física e mental.

Veja aqui o vídeo com o depoimento do pediatra Daniel Becker:

A seguir, duas dicas do pediatra. Assinante O GLOBO tem acesso a todas as dicas em ambiente especial, confira.

Seio materno e colo não mimam o bebê

O começo da vida de um bebê é profundamente determinante para sua saúde física, mental, emocional e social. É o momento de maior crescimento do cérebro e suas conexões, da formação de hábitos e dos sistemas orgânicos. Nessa hora, a conexão amorosa e o apego seguro, isto é, um vínculo sólido entre os pais e o bebê, são muito importantes.

A amamentação é o símbolo e a realização desse vínculo, assim como o colo, o contato físico, o abraço, a conversa, o toque, a brincadeira. O afeto e a satisfação das necessidades do bebê devem ser abundantes, claro que respeitando os limites da exaustão materna.

Cuide da saúde mental do seu filho: limite o tempo de tela

O uso de telas por crianças e adolescentes tornou a criação de filhos uma tarefa muito mais complexa e tormentosa. A imersão digital excessiva prejudica o desenvolvimento físico e mental em múltiplas dimensões. Provoca sedentarismo e ganho de peso excessivo, prejudica sono e aprendizado, reduz a criatividade, gera desatenção e perda de memória.

Além disso, expõe a criança a perigos enormes, como predadores, golpistas, desafios perigosos, violência, intolerância, cyberbullying, sexualidade inadequada. Incute valores negativos como narcisismo, preconceito, futilidade, consumismo, ódio e intolerância, hipervalorização da aparência.

A associação entre uso de redes sociais na infância e adolescência com transtornos mentais e emocionais como ansiedade e depressão são indubitáveis. Por isso, famílias devem trabalhar com as crianças para limitar o tempo de tela, educar para um consumo digital de melhor qualidade, desenvolver o pensamento crítico e supervisionar de forma atenta para reduzir os demais riscos. Escolas e políticas públicas também são necessárias e devem fazer parte da educação digital.

As dicas de Daniel Becker fazem parte do novo produto exclusivo para assinantes do GLOBO, o Tem que Ler. Reunimos 10 dos grandes nomes da medicina do país que darão os caminhos da longevidade. A cada semana, um profissional de uma especialidade diferente vai elaborar orientações práticas e objetivas, em dez tópicos. São conselhos cruciais que podem ser usados desde a infância até a velhice, ao longo de toda a vida. E o melhor, você vai poder tirar dúvidas com esses especialistas.


Fonte: O GLOBO