As demais jogadoras da Espanha entraram em acordo para aceitar a convocação

A zagueira Mapi León e a meio-campista Patri Guijarro puxaram a fila e deixaram a concentração da seleção espanhola na manhã desta quarta-feira. Após várias horas de negociações com o Conselho Superior do Desporto (CSD) e a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), as jogadoras deixaram o Hotel Oliva Nova Golf com a promessa de não serem punidas por isso.

Ambas as jogadoras, que faziam parte do grupo de 15 atletas que renunciaram à seleção espanhola em manifesto contra a federação e ficaram fora da Copa do Mundo Feminina, deixaram a concentração pela manhã, com sinais de cansaço e de terem dormido pouco, e foram falar com a imprensa que estava no local.

— É uma realidade que a situação para Patri e para mim é diferente ao resto das companheiras. Não foram nem a maneira nem as formas de voltar. Não estamos em condição de dizer: "agora volta e...". É um processo. Estamos contentes porque estão produzindo mudanças e nisso apoiamos totalmente nossas colegas, como fizemos de fora nesse período — declarou Mapi León

Patri Guijarro também avaliou a situação complicada que vive a Seleção Nacional e está otimista com as mudanças que podem ocorrer dentro da Federação.

— Ontem conseguimos chegar a essa comissão mista. É bastante difícil e difícil. Essas mudanças ainda não aconteceram, mas estão melhorando mentalmente estando aqui enquanto tudo aconteceu. Todas as mudanças que solicitamos estão anotadas e precisamos garantir que sejam implementadas — afirmou.

Mesmo sob protesto, Mapi León e Patri Guijarro haviam se apresentado à seleção porque estavam preocupadas de que uma recusa ao chamado poderia levar a punições. A Espanha joga contra a Suécia, sexta-feira, e depois enfrenta a Suíça, na terça, em Córdoba.

De acordo com a legislação esportiva espanhola, atletas que recusam convocação para uma seleção nacional sem apresentar uma justificativa razoável estão sujeitos a penalidades que vão desde uma multa até uma suspensão de até cinco anos. Mas após a reunião, ficou acordado que elas não sofreriam com as penas.

As demais jogadoras da seleção feminina da Espanha entraram em acordo para aceitar a convocação para jogos da Liga das Nações Feminina, após a Real Federação Espanhola de Futebol garantir "mudanças profundas e imediatas" em sua estrutura.


Fonte: O GLOBO