Entorno com monocultura ou pastagens é mais quente, comprovando o efeito da floresta sobre o clima
Recebi há pouco um estudo de Paulo Moutinho, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), que traz dados que dão a dimensão da proteção que a Amazônia traz ao clima do planeta.
O levantamento, produzido em parceira com o Centro de Pesquisa em Clima Woodwell, mostra que a temperatura média na Terra Indígena do Xingu é 5°C menor do que a registrada no entorno. Onde há monoculturas e pastagens, a temperatura pode chegar a 40°C.
É um efeito que se repete em toda a Amazônia Legal: as terras indígenas possuem 2°C a menos de temperatura, em média, na comparação com áreas não protegidas.
A causa desse fenômeno é a evapotranspiração, a transpiração das árvores da Amazônia, que funciona como uma chuva às avessas e produz redução do clima.
É o ar-condicionado do Brasil, que ajuda a combater o aquecimento global.
Neste Dia da Amazônia, vamos entender alguns conceitos sobre ela.
A Pan-Amazônia é a região amazônica que o Brasil compartilha com outros oito países, que detém 7,8 milhões de quilômetros quadrados de florestas. Desse total, 60% está no Brasil, que possui a maior área de florestas tropicais, as mais ricas e mais biodiversas.
Para se ter uma ideia, o Brasil tem quatro vezes mais área de floresta que o segundo colocado no mundo, a República Democrática do Congo. Estamos falando do maior estoque genético do mundo, da maior bacia hidrográfica do mundo.
Agora vamos falar da Amazônia Legal. Nesse caso, não é tudo floresta. Você tem cinco milhões de quilômetros quadrados, ou 59% do território brasileiro, mas nessa área não há apenas florestas, por uma decisão administrativa. Mas quando falamos de florestas, são 4,2 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente ao 48% do Brasil.
É um patrimônio natural impressionante.
O que temos a comemorar hoje é que, se você olhar pra trás, vai ver desmatamento e grilagem, mas no momento presente há muita coisa positiva acontecendo.
O governo Lula não resolveu todos nossos problemas, mas significou uma mudança da atitude do estado brasileiro em relação à Amazônia. Hoje será anunciada a criação de unidades de conservação e dados que apontam forte queda do desmatamento. Em agosto, houve queda de quase 60%. No ano, até agora, 40% de redução, em média.
Há uma frase que coloquei na epígrafe do meu livro (Amazônia na encruzilhada: O poder da destruição e o tempo das possibilidades), de Warren Dean no maravilho livro A Ferro e Fogo, que é definidora da importância da floresta.
- O desaparecimento de uma floresta tropical é uma tragédia cujas proporções ultrapassam a compreensão ou a concepção humana.
Viva a Amazônia.
Fonte: O GLOBO
É um efeito que se repete em toda a Amazônia Legal: as terras indígenas possuem 2°C a menos de temperatura, em média, na comparação com áreas não protegidas.
A causa desse fenômeno é a evapotranspiração, a transpiração das árvores da Amazônia, que funciona como uma chuva às avessas e produz redução do clima.
É o ar-condicionado do Brasil, que ajuda a combater o aquecimento global.
Neste Dia da Amazônia, vamos entender alguns conceitos sobre ela.
A Pan-Amazônia é a região amazônica que o Brasil compartilha com outros oito países, que detém 7,8 milhões de quilômetros quadrados de florestas. Desse total, 60% está no Brasil, que possui a maior área de florestas tropicais, as mais ricas e mais biodiversas.
Para se ter uma ideia, o Brasil tem quatro vezes mais área de floresta que o segundo colocado no mundo, a República Democrática do Congo. Estamos falando do maior estoque genético do mundo, da maior bacia hidrográfica do mundo.
Agora vamos falar da Amazônia Legal. Nesse caso, não é tudo floresta. Você tem cinco milhões de quilômetros quadrados, ou 59% do território brasileiro, mas nessa área não há apenas florestas, por uma decisão administrativa. Mas quando falamos de florestas, são 4,2 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente ao 48% do Brasil.
É um patrimônio natural impressionante.
O que temos a comemorar hoje é que, se você olhar pra trás, vai ver desmatamento e grilagem, mas no momento presente há muita coisa positiva acontecendo.
O governo Lula não resolveu todos nossos problemas, mas significou uma mudança da atitude do estado brasileiro em relação à Amazônia. Hoje será anunciada a criação de unidades de conservação e dados que apontam forte queda do desmatamento. Em agosto, houve queda de quase 60%. No ano, até agora, 40% de redução, em média.
Há uma frase que coloquei na epígrafe do meu livro (Amazônia na encruzilhada: O poder da destruição e o tempo das possibilidades), de Warren Dean no maravilho livro A Ferro e Fogo, que é definidora da importância da floresta.
- O desaparecimento de uma floresta tropical é uma tragédia cujas proporções ultrapassam a compreensão ou a concepção humana.
Viva a Amazônia.
Fonte: O GLOBO
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