Índice oficial de inflação do mês passado foi divulgado há pouco pelo IBGE
O IPCA acelerou para 0,23% em agosto, após registrar alta de 0,12% em junho, segundo dados divulgados há pouco pelo IBGE. A leitura da inflação veio um pouco abaixo da expectativa do mercado, que acreditava em alta de 0,28%.
Em 12 meses, o indicador sobe 4,61%, um salto na comparação com os 3,99% registrados no mês retrasado por causa da base de comparação fraca do segundo semestre do ano passado. Em agosto, houve deflação por causa da isenção de tributos para combustíveis, energia e telecomunicações concedida às vésperas das eleições presidenciais.
A principal influência veio de habitação, com destaque para energia, que teve alta de 4,59%.
- O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto - explicou o gerente dos índices IPCA e INPC, André Almeida.
Por outro lado, como era esperado, a inflação de alimentos e bebidas teve nova queda, de 0,85%. Os preços do grupo alimentação em domicílio recuaram -1,26%.
- Temos observado quedas ao longo dos últimos meses em alguns itens importantes no consumo das famílias como, por exemplo, a carne bovina e o frango, que está relacionado à questão de oferta. A disponibilidade de carne no mercado interno está mais alta, o que tem contribuído para a queda nos últimos meses - apontou Almeida.
Fonte: O GLOBO
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