Segundo o MP, o advogado só não foi morto porque conseguiu correr para a portaria do condomínio.

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) denunciou, nesta sexta-feira (15), Raimundo Nonato Machado e Jussana Machado por tentativa de homicídio qualificado e tortura contra a babá Cláudia Lima e o advogado Ygor Colares.

O crime aconteceu no dia 18 de agosto, na Zona Oeste da capital. Na ocasião, Jussana agrediu a trabalhadora com socos, tapas e chutes. Já o investigador bateu no advogado Ygor Colares, e a mulher ainda atirou na panturrilha do defensor. Os dois estão presos desde então.

Segundo o MP, o advogado só não foi morto porque conseguiu correr para a portaria do condomínio:

"Faz-se mister, neste ponto, ressaltar que o crime de homicídio só não se consumou em razão de que, mesmo ferida, a vítima Ygor de Menezes Colares conseguiu correr e se refugiar na Portaria do Condomínio, enquanto alguns funcionários se colocaram entre os agressores e a citada vítima, impedindo a continuidade das agressões. Assim, o crime de homicídio só não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos réus", explicou o promotor ...

Já em relação à babá, o promotor explicou que "a ação dos acusados causou intenso sofrimento físico e psicológico na vítima Cláudia, posto que se viu agredida brutalmente na frente de várias pessoas":

"Os réus vinham demonstrando profundo descontentamento no fato de a vítima Cláudia se utilizar do elevador, sendo patente a discriminação em razão do status social da mesma", diz a denúncia.

Jussana Machado vai responder pelo crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido e com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, em relação ao advogado Ygor Colares, e em relação à babá Cláudia Lima, crime de tortura em razão de discriminação racial.

Já Raimundo Machado vai responder por partícipe na tentativa de homicídio qualificado do advogado e partícipe também no crime de tortura contra a trabalhadora.

Caso a justiça aceite a denúncia contra o casal, os dois deverão ser julgados pelo tribunal do júri.

Fonte: G1