O presidente do Brasil será submetido hoje a uma cirurgia de quadril em Brasília
Um dos pontos mais importantes e demorados da operação que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fará hoje no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, será a anestesia.
Os médicos levarão 1h30 com o preparo dos anestésicos. Serão 5 remédios aplicados no total, entre eles opioide, cetamina e sulfato de magnésio.
O número de drogas é o dobro do usual. Isso se deve ao fato de que Lula sofre de dores crônicas na região que será operada há mais de 3 meses. A variação de medicamentos é sobretudo para ele não sentir dor no pós-operatório.
O volume total de anestésico, no entanto, não é maior que o usado comumente. Pelo contrário, deverá ser até menor. Isso porque o centro cirúrgico terá um sensor inteligente que detecta a ação precisa da anestesia no corpo do paciente. O refinamento permitirá também que Lula desperte mais rapidamente.
O problema
A cirurgia à qual Lula vai se submeter é chamada de artroplastia do quadril, que é a substituição da cabeça do fêmur (com diâmetro por volta de 5 cm) por uma prótese. A prótese reproduz a função articular dessa parte do corpo. A porção do osso costuma ser serrada. O corte na coxa direita é de cerca de 15 cm nesse tipo de operação.
O problema foi causado por uma artrose, desgaste da cartilagem que fica entre a cabeça do fêmur e a bacia. Lula sofreu um desgaste natural da idade na cartilagem que fica entre o fêmur e a bacia. Cerca de 20% das pessoas com mais de 65 anos têm o problema.
Em cerca 3 a 4 dias ele deverá ter alta, mas já poderá despachar pouco tempo depois de acordar da anestesia.
Dor
Há pelo menos um ano Lula sofre com dor na região do quadril e se submeteu a tratamentos dos mais variados.
Neste ano, ele fez uma infiltração (em março), e uma crioablação (em julho). A infiltração é um procedimento invasivo, no qual é aplicado corticoide e ácido hialurônico, por meio de agulha, direto no local da dor. A crioablação consiste no congelamento do nervo que deflagra a dor. A aplicação é feita com uma ponteira semelhante a uma injeção e é menos agressiva. No fim do ano passado, Lula fez a primeira infiltração.
Ao longo do ano, Lula também fez sessões de fisioterapia, tomou analgésicos e anti-inflamatórios.
Fonte: O GLOBO
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