Shani Louk aparece em vídeo deitada na caçamba de uma caminhonete, cercada por extremistas; família diz ter esperanças de reencontrá-la viva

A mãe da artista alemã que foi raptada e carregada seminua num veículo com extremistas do Hamas, no último sábado, ainda tem esperança de encontrar a filha com viva. Ricarda Louk afirma ter reconhecido Shani Louk num vídeo que circula nas redes sociais por meio das tatuagens e dos dreads no cabelo da mulher de 30 anos.

Shani Louk participava de um festival perto da Faixa de Gaza quando extremistas do Hamas invadiram territórios israelenses, num ataque-surpresa que já deixou mais de mil mortos. Após a ofensiva, pelo menos 260 corpos no local onde ocorreu a edição israelense da rave, segundo a organização de resgate Zaka.

Em entrevista à CNN, Ricarda Louk afirmou não ter recebido notícias sobre o paradeiro da filha desde o último contato com ela, por telefone, durante a invasão extremista.

— O vídeo parece muito ruim, mas ainda tenho esperança. Espero que ela ainda esteja viva em algum lugar. Não temos mais nada pelo que esperar. Estamos tentando acreditar — destacou Ricarda, que também divulgou um vídeo nas redes sociais para apelar por informações sobre Shani.

Ao ver as primeiras notícias sobre o ataque, Ricarda diz ter telefonado "desesperadamente" para garantir que sua filha estava num local seguro.

— Comecei a ligar para ela para saber onde ela estava, se estava perto de um local seguro. Ela disse que estava em um festival no sul e estava entrando em pânico — relembrou.

A preocupação da família aumentou com o vídeo da artista na caçamba de uma caminhonete, cercada por extremistas. De acordo com Ricarda, depois de levarem Shani para a Faixa de Gaza, os homens ainda tentaram, por várias vezes, usar o cartão de crédito dela.

Os combates entre o Exército de Israel e os guerrilheiros do Hamas continuam, nesta segunda-feira, quando autoridades israelenses afirmam ter retomado todas as localidades invadidas por extremistas palestinos no sul do país. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram que participantes da rave precisaram correr pelo deserto para escapar de bombas e tiros.


Fonte: O GLOBO