Informação foi divulgada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
O caso da conselheira Yara Lins, que denunciou ter sofrido agressão verbal de um colega do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), foi levado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A informação foi divulgada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), em uma rede social.
Na visita desta semana ao Ministro Alexandre de Moraes levamos também o caso da Presidente do TCE-AM, Yara Lins. A violência política de gênero é hoje ação penal pública incondicionada à representação e SIM, dá cadeia! O Ministro está muito sensibilizado com o avanço dessa espécie de crime, escreveu a senadora.
O g1 procurou o STF para confirmar se o caso foi recebido pelo órgão, e aguarda retorno.
O caso
A conselheira Yara Lins denunciou, na sexta-feira (6), que sofreu agressão de um colega durante a eleição que definiu o retornou dela à presidência do órgão. Segundo Yara, um colega conselheiro a chamou de "safada" e "cachorra".
A denúncia foi divulgada durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral do Amazonas.
Yara afirmou que sofreu misoginia durante a votação que definiu o retorno dela à presidência do órgão.
"Fui cumprimentar o conselheiro Ari com um “bom dia”, e ele me respondeu, 'bom dia nada sua safada, cachorra', e me ameaçou", disse.
Yara se refere ao conselheiro Ari Moutinho, que é um dos membros do TCE-AM. O g1 tenta contato com o conselheiro, para obter um posicionamento.
Há seis anos, Yara Lins, de 66 anos, foi a primeira mulher a assumir a presidência do Tribunal de Contas do Amazonas. Na terça-feira (3), ela foi eleita, por 5 votos a 2, para voltar ao comando da Corte pelos próximos dois anos (biênio 2024-2025).
O que diz o TCE-AM?
Em nota, o atual presidente do TCE-AM, Érico Desterro, disse que não estava presente na sessão que elegeu Yara Lins. Ele destacou, ainda, que não recebeu comunicação ou solicitação sobre o assunto. "Igualmente, não foi previamente informado sobre a entrevista coletiva concedida na data de hoje", diz a nota.
De acordo com o presidente, nos últimos dois anos, o Tribunal de Contas implementou um sistema de integridade institucional, com códigos e comitês de ética pública, comissões de enfrentamento a qualquer tipo de assédio e discriminação.
"Possuindo canais efetivos de comunicação de quaisquer irregularidades e desvios de conduta, inclusive com tratamento diferenciado às questões relacionadas às mulheres", conclui a nota.
Fonte: G1
0 Comentários