Evento pode ser visto parcialmente em todo o país, mas apenas algumas regiões do Norte e do Nordeste podem enxergar fenômeno completo

Está previsto para o próximo sábado, 14 de outubro, um fenômeno astronômico conhecido como “eclipse anular do sol”. Quando esse tipo de eclipse ocorre, algo semelhante a um anel de fogo surge no céu. Por isso, a data é tão aguardada. Além disso, apenas algumas regiões do planeta conseguem acompanhar o fenômeno em sua plenitude. Entre elas, estão algumas partes do Brasil.

O que é o 'eclipse solar anular'?

Um eclipse anular do sol acontece quando o sol, a lua e a Terra estão em alinhamento. Assim, a maior parte do disco solar fica coberta, e apenas uma borda com aspecto ígneo aparece. Segundo o site Climatempo, apenas algumas regiões do Norte e Nordeste do Brasil poderão enxergar o fenômeno.

Eclipse solar anular: apenas algumas regiões poderão enxergar fenômeno — Foto: Time and Date

Ao portal do Observatório Nacional, a astrônoma Josina Nascimento explica que a diferença entre o eclipse anular e o eclipse total é que, no primeiro caso, a lua fica mais distante da Terra. O diâmetro aparente dela, portanto, aparece diferente do diâmetro aparente do sol.

— Tanto no eclipse total quanto no anular a lua está alinhada entre a Terra e o sol, bloqueando toda ou a maior parte da luz do sol em uma parte da superfície da Terra. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial — diz Josina ao Observatório.

O eclipse anular, no entanto, não é um evento raro. No entanto, somente pode ser visto em poucos lugares do planeta. O último, por exemplo, aconteceu em 2021, mas nenhum lugar do Brasil conseguiu vê-lo.

Visão parcial em todo o país

Segundo a astrônoma, o eclipse anular até poderá ser visto em todas as regiões do país, mas apenas parcialmente. A visão privilegiada, do fenômeno completo, fica para algumas localidades dos estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

A população do Rio de Janeiro conseguirá ver o fenômeno parcial a partir das 15h43, chegando ao seu máximo às 16h51 e terminando às 17h50.

Os interessados não devem, segundo a profissional, olhar diretamente para o sol sem uso de filtros solares adequados.

— Nunca use um telescópio, pois o dano será imediato e também irreversível. Somente se pode usar telescópio apropriado, com filtro apropriado e sob supervisão de profissionais. Uma outra forma é a projeção, ou seja observação indireta. 

É bem fácil construir um aparato. Pode-se simplesmente usar um pedaço de papelão, como por exemplo uma tampa de caixa de pizza, e fazer um furo no meio. Coloca-se um papel branco no chão e direciona-se o furo para a direção do sol. O eclipse é visto tranquilamente no papel no chão. Há uma série de construções interessantes para a observação indireta — orienta.


Fonte: O GLOBO