Defensor brasileiro irá comparecer na Justiça da Espanha em novembro deste ano

Após as investigações descobrirem que ofensas racistas na partida entre Valencia e Real Madrid, em maio deste ano, também foram direcionadas ao zagueiro Éder Militão, o defensor brasileiro foi convocado pelo Tribunal da Espanha para testemunhar como vítima. Desta forma, o jogador do time merengue irá comparecer na Justiça espanhola no dia 21 de novembro, junto de seu companheiro Vinícius Júnior.

Militão, assim como fez Vini Jr. no começo deste mês, deverá se dirigir ao Tribunal de Madri, de onde se conectará por videoconferência com o Tribunal valenciano que trata do caso. O juiz adotou esta decisão a pedido da LaLiga, que enviou ao tribunal uma carta na qual explica que Militão também foi alvo de insultos racistas no estádio Mestalla. As informações são do jornal Marca.

Aberta no dia 26 de maio, a investigação cita três torcedores do Valencia que foram identificados. Um pelo próprio jogador e outros dois pelo sistema de câmeras do estádio. Dois deles deram esclarecimentos em junho e um foi ouvido em julho.

Relembre o caso

Valencia e Real Madrid se enfrentaram no dia 21 de maio, em jogo do Campeonato Espanhol, no estádio Mestalla. Torcedores do time da casa chamavam Vinicius de macaco desde a chegada do ônibus ao local, mas o caso maior começou aos 24 minutos. Vini Jr. fazia jogada individual pelo canto esquerdo, quando um jogador do Valencia chutou uma segunda bola que estava em campo no lance para atrapalhar o atacante brasileiro.

Indignado com o antijogo, Vini Jr. foi reclamar do lance com a arbitragem. Com isso, parte da torcida do Valencia que estava atrás do gol mais próximo da jogada voltou a xingar o brasileiro com gritos racistas. Foi quando Vini chamou Bengoetxea para denunciar um dos torcedores.

Nesse momento, alguns jogadores de Real Madrid e Valencia, entre eles o capitão da equipe mandante, Gayà, chegou para tentar acalmar os ânimos. De acordo com o jornal "Marca", as câmeras de transmissão chegaram a captar Vini Jr. 

afirmando que não queria mais jogar a partida. A polícia espanhola chegou a ir no local, mas nada foi feito com o torcedor e, após oito minutos de paralisação, a partida reiniciou após o segundo aviso de caso de racismo dado pela arbitragem. Em caso de um terceiro, a partida poderia ser suspensa, como consta no código disciplinar da Fifa.


Fonte: O GLOBO