Ao menos um caso do sorotipo 3 foi detectado em Votuporanga, no interior do estado
Ao menos um caso de dengue causado pelo sorotipo 3 — uma “versão” da doença que não aparece no país há 15 anos — foi identificado em São Paulo. Mais dois diagnósticos são tratados como “suspeitos”, pela vigilância da cidade de Votuporanga, no interior do estado, mas também devem confirmar a presença do subtipo da doença. Entre os pacientes está uma criança de 5 anos de idade. Até este momento, todos passam bem e são monitorados pelo serviço de saúde municipal.
— Temos um (caso de) sorotipo três, que já circulou aqui há muito tempo. Para nós é tudo muito novo. Reforçamos todas as ações que são feitas (para conter a doença), com os agentes de saúde nas casas. Temos feito as orientações das pessoas, dos contatos, temos também intensificado a limpeza da cidade nas áreas de maior risco — disse ao GLOBO a secretária de Saúde da cidade Ivonete Felix. — Os pacientes estão bem, seguimos orientando a população.
As pessoas em questão moram no mesmo bairro, mas não são familiares. Como não há indicativo de que esses pacientes viajaram para fora de Votuporanga, já é possível considerar que esse tipo do vírus da dengue circula pela região, o que acende um alerta epidemiológico.
Sinal de alerta
Embora não cause doença mais grave do que os outros subtipos, Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) afirma que a confirmação de mais de um caso dessa versão da dengue é um sinal de alerta.
— Se for mais de um caso, é mais provavel que teremos a transmissão autócnotone, que é pior. Quer dizer que há mosquitos infectados com esse sorotipo e que está ocorrendo a transmissão. Surtos restritos são sinais de alerta, podem significar a disseminação desse sorotipo que há décadas não circula, não só no estado de São Paulo, mas no Brasil como um todo — diz Naime.
— Lembramos que agora temos a vacina, que protege contra efeitos graves da doença. Mas é um grande alerta, porque a população mais jovem é completamente vulnerável a esse sorotipo.
A Organização Panamericana de Saúde (Opas) informa que existem quatro sorotipos do vírus que causa a dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Assim que o paciente se recupera de uma infecção ele tem "imunidade vitalícia contra o sorotipo adquirido". Entretanto, infecções subsequentes com linhagens diferentes aumentam o risco do desenvolvimento de dengue grave.
Em nota, o governo de São Paulo informou que “foi notificado sobre casos suspeitos de dengue sorotipo 3 em Votuporanga, que estão em investigação pela vigilância epidemiológica municipal". O estado ainda diz que "monitora o cenário epidemiológico com plano de contingência que é feito todos os anos, independente da linhagem”.
O governo paulista informou que no dia 27 de novembro, especialistas em saúde estarão reunidos em São Paulo para discutir o cenário epidemiológico e o uso de novas tecnologias capazes de combater as arboviroses, que são doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos. O encontro, contudo, já estava marcado antes de ocorrer o aparecimento desses casos do novo sorotipo.
Fiocruz
No primeiro semestre deste ano, a Fundação Oswaldo Cruz alertou que o ressurgimento do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil (em outras localidades no Norte e no Sul do Brasil) acendeu o sinal de alerta de especialistas sobre o risco de uma nova epidemia da doença causada por esse subtipo viral. Há mais de 15 anos, o tipo 3 não causa epidemias no país.
Em um estudo, coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), as amostras, de diagnósticos deste ano, apresentaram a caracterização genética dos vírus (do tipo 3) em diagnósticos de Roraima, na região Norte, e no Paraná, no Sul.
Em nota, na época, a Fiocruz informou que o risco de uma epidemia com o retorno do sorotipo 3 ocorre por causa da "baixa imunidade da população, uma vez que poucas pessoas contraíram esse vírus desde as últimas epidemias registradas no começo dos anos 2000".
A Organização Panamericana de Saúde (Opas) informa que existem quatro sorotipos do vírus que causa a dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Assim que o paciente se recupera de uma infecção ele tem "imunidade vitalícia contra o sorotipo adquirido". Entretanto, infecções subsequentes com linhagens diferentes aumentam o risco do desenvolvimento de dengue grave.
Em nota, o governo de São Paulo informou que “foi notificado sobre casos suspeitos de dengue sorotipo 3 em Votuporanga, que estão em investigação pela vigilância epidemiológica municipal". O estado ainda diz que "monitora o cenário epidemiológico com plano de contingência que é feito todos os anos, independente da linhagem”.
O governo paulista informou que no dia 27 de novembro, especialistas em saúde estarão reunidos em São Paulo para discutir o cenário epidemiológico e o uso de novas tecnologias capazes de combater as arboviroses, que são doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos. O encontro, contudo, já estava marcado antes de ocorrer o aparecimento desses casos do novo sorotipo.
Fiocruz
No primeiro semestre deste ano, a Fundação Oswaldo Cruz alertou que o ressurgimento do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil (em outras localidades no Norte e no Sul do Brasil) acendeu o sinal de alerta de especialistas sobre o risco de uma nova epidemia da doença causada por esse subtipo viral. Há mais de 15 anos, o tipo 3 não causa epidemias no país.
Em um estudo, coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), as amostras, de diagnósticos deste ano, apresentaram a caracterização genética dos vírus (do tipo 3) em diagnósticos de Roraima, na região Norte, e no Paraná, no Sul.
Em nota, na época, a Fiocruz informou que o risco de uma epidemia com o retorno do sorotipo 3 ocorre por causa da "baixa imunidade da população, uma vez que poucas pessoas contraíram esse vírus desde as últimas epidemias registradas no começo dos anos 2000".
O aparecimento dessa linhagem também levanta a preocupação em relação a casos de dengue grave, que ocorre com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente, por outro sorotipo.
No Brasil, as linhagens que causam a maior parte dos casos, até agora, são 1 e 2. Por isso o receio envolvendo o reaparecimento do tipo 3.
Fonte: O GLOBO
No Brasil, as linhagens que causam a maior parte dos casos, até agora, são 1 e 2. Por isso o receio envolvendo o reaparecimento do tipo 3.
Fonte: O GLOBO
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