Com palavrões, bilionário se queixa de empresas que suspenderam publicidade na rede social por causa de postagem antissemita
Elon Musk, o bilionário dono do X (antigo Twitter), afirmou nesta quarta-feira que os anunciantes que suspenderam os gastos com publicidade na plataforma depois de ele endossar uma publicação antissemita podem "matar a empresa". E não economizou nos palavrões.
"O que isso vai fazer é matar a empresa, e o mundo inteiro vai saber que anunciantes mataram a empresa", disse Musk na conferência do New York Times Dealbook. "Vão se f*."
Musk, que também é o CEO da montadora de carros elétricos Tesla, admitiu ter cometido um erro, afirmando que seu post - que endossava uma publicação de tom antissemita - "era o pior e mais idiota que já fiz."
E acrescentou que, se a empresa quebrar devido à saída dos anunciantes, a culpa será deles. Segundo Musk, eles estão tentando "fazer chantagem com dinheiro", mas ele não vai "sapatear" para ganhar a confiança dos anunciantes.
No início de novembro, Musk expressou sua concordância com um post no X que afirmava que os judeus tinham um "ódio dialético" às pessoas brancas. Isso atraiu críticas tanto da Casa Branca como de investidores da Tesla. E grandes empresas anunciantes, incluindo Walt Disney Co. e Apple, decidiram se afastar do X.
Foi a primeira vez que Musk se desculpou. Ele chegou a visitar áreas de Israel afetadas pelos atentados de 7 de outubro, na companhia do premier Benjamin Netanyahu, mas garantiu que a viagem já estava planejada antes da crise causada por seu post.
O bilionário pediu que as pessoas o julguem por suas ações, não por suas palavras. Citando a Tesla, ele disse ter feito "mais pelo meio ambiente de qualquer pessoa."
"Podem me odiar, gostar de mim, ou ter indiferença", disse Musk.
Não se vê votando em Biden
No evento, ele disse ainda que não se vê votando no presidente Joe Biden em 2024. Musk não perdoou o fato de Biden ter convocado as grandes montadoras de Detroit para a Casa Branca, deixando a Tesla de lado.
Ao ser perguntado se isso significava votar em Donald Trump, caso se repita a disputa de 2020, ele replicou, com um suspiro:
"Não estou dizendo que votaria em Trump. Esta é definitivamente uma escolha difícil."
Fonte: O GLOBO
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