Decisão é do juiz Lucas Bezerra, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus.

A Justiça do Amazonas mandou soltar um funcionário de uma faculdade de Manaus, que teve um surto psicótico e cortou o pescoço de uma colega durante uma reunião de trabalho. A decisão é do juiz Lucas Couto Bezerra, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus.

O caso aconteceu em setembro do ano passado. Na época, segundo a instituição, os dois funcionários tinham um relacionamento amoroso. Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu durante um surto psicótico do homem que, em seguida, ameaçou se jogar da janela da faculdade.

Na decisão, o juiz disse que "a manutenção da medida cautelar extrema da prisão preventiva do acusado representaria constrangimento ilegal por ausência de fundamentos concretos e individuais que determinem a adoção da medida, sendo suficientes para a prevenção de novos delitos pelo acusado a imposição de medidas cautelares diversas da prisão".

"No que tange ao 'modus operandi anormal e destoante dos padrões de aceitabilidade" é digno de nota que o acusado o tenha cometido no contexto de desentendimento após acidente de trânsito ". Neste sentido, a violência e a brutalidade com a qual foi cometido o homicídio apenas representa a periculosidade concreta do executor, não podendo evidenciar suposta periculosidade social do acusado'", decidiu o magistrado.

Apesar de determinar a soltura do acusado, o juiz mandou que o homem seja monitorado por tornozeleira eletrônico e compareça mensalmente à justiça. Ele também não poderá deixar sua casa depois das 20h e está proibido de se aproximar da vítima.

Fonte: G1