Levantamento de entidade sindical aponta ainda que 18% dos concursados empossados no instituto da seleção de 2022 já deixaram seus postos
Os servidores do Ibama estão com o trabalho de campo suspensos desde o início deste mês, numa queda de braço com o governo federal por uma reestruturação na carreira, o que inclui melhora nos rendimentos e nas condições de trabalho. Às vésperas da reunião dos servidores com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), marcada para esta quinta-feira, Agostinho admite que os baixos salários de Ibama e ICMbio estão levando muitos servidores a buscar uma mudança de carreira:
- O que existe de fato é que temos, pelo menos, 500 servidores disputando os concursos anunciados recentemente, por conta dos salários e da carreira existente no Ibama e no ICMbio. Esses 500 querem mudar de vida. Possuem um emprego federal com estabilidade, mas não estão contentes com a sua remuneração - diz o presidente do Ibama.
Pesquisa realizada pela Asibama-DF, entidade sindical regional, indica que o número de servidores interessados em mudar de carreira seria ainda maior. Dos 801 funcionários entrevistados, 72,8%, ou seja, cerca de sete em cada dez disseram estar se preparando para outros concursos, motivados pela busca de uma valorização profissional.
Em nota, o presidente da Ascema Nacional, Cleberson Zavaski , afirma que esse fenômeno expõe a baixa atratividade da carreira. E ressalta que a falta de retenção de servidores na área ambiental eleva os gastos com processos de seleção e formação de novos profissionais, e compromete a continuidade e a eficácia das ações de fiscalização e monitoramento ambiental em um momento crítico para a conservação da biodiversidade no Brasil.
Fonte: O GLOBO
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