Michelle Rocha teve a moradia impactada pela tragédia e, cinco anos depois, ainda aguarda pela indenização coletiva
O rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão resultou na maior tragédia humanitária do Brasil, com 270 mortos, inclusive duas grávidas, e a contaminação de mais de 300 quilômetros do Rio Paraopeba, atingindo a população de 26 cidades.
— Foi um cenário de horror. Perdi a minha prima Sueli, de 35 anos, neste dia. Minha família foi indenizada pela morte dela, mas não sei qual foi o valor pelo fato de o acordo ser sigiloso. Entendo que o que ocorreu não foi apenas uma barragem que se rompeu e matou 272 joias. Foi um crime que trouxe consequências para toda a bacia do Rio Paraopeba — diz.
A tragédia de Brumadinho gerou milhares de processos judiciais. A dona de casa é uma das pessoas que teve a moradia impactada pelos crimes ambientais e, cinco anos após o desastre, ainda aguarda pela indenização coletiva.
Para Michelle, os estragos oriundos do desastre permanecem na região, o que imprime uma sensação de continuidade da tragédia.
— A sensação é que a Justiça não tem agilidade. Não cumpre o que está previsto na lei. Sentimos que este é um crime continuado. Os impactos dele não se limitaram a janeiro de 2019. Os moradores das regiões próximas estão há cinco anos numa luta sem fim — afirma.
A moradora de Betim alega também que o solo próximo à sua casa, localizada a cerca de 100 metros do Paraopeba, está contaminado, o que compromete a saúde dos seus três filhos.
— Não podemos comer o que é plantado aqui e as condições ambientais favorecem o aparecimento de doenças. Me preocupo com o futuro dos meus filhos por conta disso — conta.
Segundo a investigação oficial sobre o caso, o risco que os funcionários desconheciam era algo sabido pelo alto escalão
A Vale S.A, responsável pela mina, e a Tuv Sud, subsidiária alemã que certificou a segurança da barragem, além de 16 então diretores, foram denunciados pelo Ministério Público, em processo criminal que corre no Brasil e na Alemanha. Depois de cinco anos, incluindo três em que a justiça brasileira passou debatendo se o caso era de competência estadual ou federal, não houve qualquer condenação.
Fonte: O GLOBO
— Foi um cenário de horror. Perdi a minha prima Sueli, de 35 anos, neste dia. Minha família foi indenizada pela morte dela, mas não sei qual foi o valor pelo fato de o acordo ser sigiloso. Entendo que o que ocorreu não foi apenas uma barragem que se rompeu e matou 272 joias. Foi um crime que trouxe consequências para toda a bacia do Rio Paraopeba — diz.
A tragédia de Brumadinho gerou milhares de processos judiciais. A dona de casa é uma das pessoas que teve a moradia impactada pelos crimes ambientais e, cinco anos após o desastre, ainda aguarda pela indenização coletiva.
Para Michelle, os estragos oriundos do desastre permanecem na região, o que imprime uma sensação de continuidade da tragédia.
— A sensação é que a Justiça não tem agilidade. Não cumpre o que está previsto na lei. Sentimos que este é um crime continuado. Os impactos dele não se limitaram a janeiro de 2019. Os moradores das regiões próximas estão há cinco anos numa luta sem fim — afirma.
A moradora de Betim alega também que o solo próximo à sua casa, localizada a cerca de 100 metros do Paraopeba, está contaminado, o que compromete a saúde dos seus três filhos.
— Não podemos comer o que é plantado aqui e as condições ambientais favorecem o aparecimento de doenças. Me preocupo com o futuro dos meus filhos por conta disso — conta.
Segundo a investigação oficial sobre o caso, o risco que os funcionários desconheciam era algo sabido pelo alto escalão
A Vale S.A, responsável pela mina, e a Tuv Sud, subsidiária alemã que certificou a segurança da barragem, além de 16 então diretores, foram denunciados pelo Ministério Público, em processo criminal que corre no Brasil e na Alemanha. Depois de cinco anos, incluindo três em que a justiça brasileira passou debatendo se o caso era de competência estadual ou federal, não houve qualquer condenação.
Fonte: O GLOBO
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