Levantamento da consultoria Newmark mostra que o estoque aumentou 7%, enquanto a taxa de vacância ficou estável
O Brasil encerrou o ano de 2023 com um estoque de 34,5 milhões de m² de condomínios de galpões logísticos, alta de 7%, com 2,2 milhões de m² adicionados, enquanto a taxa de vacância se manteve relativamente estável. Esta ficou em 9,42%, ante 9,03% no terceiro trimestre. Os dados são da consultoria Newmark.
Apesar da demanda seguir em alta, o mercado já não vive o ritmo frenético de entrega de novos empreendimentos visto desde 2020, quando a pandemia acelerou a digitalização das empresas e o crescimento do e-commerce.
São Paulo encerrou 2023 com um estoque de condomínios logísticos de alto padrão de 13,72 milhões de m². Foram adicionados 913 mil m² ao longo do ano, sendo que um terço desse volume foi entregue no último trimestre. Mas o volume de novos espaços logísticos em São Paulo ficou 44% abaixo do que foi entregue em 2022. E o volume de novos condomínios previstos para inaugurar até o final de 2024 – 1,18 milhão de m² – também é inferior à média entregue nos últimos anos.
O ritmo menor de lançamentos contribuiu para reduzir a taxa de vacância, que fechou o ano em São Paulo em 10,72% (pequena alta em relação aos 10% apurados no terceiro trimestre de 2023). Há um ano, a taxa de vacância estava em 13,72%. Novos contratos de aluguel absorveram 1,79 milhão de m², enquanto a absorção líquida ficou em 1,2 milhão m², praticamente estável com relação à absorção líquida registrada em 2022 (1,25 milhão).
— A maior parte das transações do trimestre cujos ocupantes foram divulgados envolveram empresas do setor de serviços, especificamente do segmento de transportes, armazenagem e logística, em seguida vem o setor de comércio, sobretudo varejo e e-commerce. As maiores absorções líquidas no trimestre foram concentradas na região de Cajamar, São Paulo capital e na região do ABCDM — diz Mariana Hanania, diretora de pesquisa e inteligência de mercado da Newmark.
O preço dos alugueis, contudo, aumentou: o preço pedido médio de locação em São Paulo fechou R$ 26,15/m²/mês, alta de 5,8% em relação ao trimestre anterior e de 14% na comparação com o mesmo período de 2022.
RIO
No Rio, segundo maior mercado do país, a ausência de novos lançamentos e o aumento das locações levou a uma queda na taxa de vacância de 16,4% para 15,7%, com os setores de transportes, armazenagem e logística puxando a demanda no Rio. A absorção líquida fechou o trimestre em 21 mil m², com um volume acumulado de 88 mil m² no ano. O preço médio pedido ficou estável em R$ 21,10.
— A expectativa é que o mercado siga crescendo em 2024, mas se aproximando da estabilidade, tendo em vista a certa perda no dinamismo de novas entregas e da demanda observada neste ano — diz Mariana.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários