Mesmo após começar perdendo para o Bangu, o time manteve alto nível físico e técnico, e poderia ter construído um placar maior
Qualquer resultado diferente de uma goleada do Fluminense, neste primeiro jogo da equipe principal na temporada, teria sido injusto. Apesar de sair perdendo para o Bangu após a etapa inicial no Luso-Brasileiro, ontem, pelo Campeonato Carioca, nunca faltaram oportunidades de gols ao tricolor, que as desperdiçava em profusão. Quando a bola começou a entrar, naturalmente o time construiu o placar de 4 a 1, que poderia tranquilamente ter sido maior — um ótimo saldo depois de apenas uma semana de pré-temporada para o grupo.
Jhon Arias, com seus dois gols e uma assistência, estava inspirado, sendo acompanhado no placar por Keno e Germán Cano. O show serviu para a torcida matar a saudade de quase todo o elenco campeão da América, que deu sequência à boa campanha que a “equipe de garotos” de Marcão deixou como legado. O tricolor segue na liderança do Carioca, agora com 13 pontos.
Fernando Diniz também voltou ao banco de reservas e pôde mandar alguns reforços a campo, como Renato Augusto e o estreante David Terans — tiveram boas atuações —, e ver seu time mantendo uma performance de alto nível. Desde o começo, atento e cobrando seus jogadores diante de qualquer erro. O torcedor seguirá tendo um técnico faminto por títulos e jogos vistosos em 2024.
— A preparação, mesmo em poucos dias, foi muito boa. Coloquei o time para jogar porque percebi que os jogadores voltaram muito bem. Antecipei uma rodada para podermos ter pelo menos três jogos antes da decisão com a LDU — contou Diniz na coletiva.
Os tricolores também verão o mesmo Arias incansável. Os três gols dos quais participou diretamente foram à sua melhor moda, brigando pela bola ou fazendo uma jogada de habilidade. Ao driblar um marcador na grande área, após receber passe de Cano, soltou uma bomba para virar o jogo no segundo tempo. Recuperando uma bola no meio campo, serviu o argentino, que marcou um golaço de longe. Brigando com os defensores na área, fez o quarto do Flu já nos minutos finais.
Uma noite de brilho comum para o colombiano também terminou com Cano consagrado. E seria uma pena se ele não tivesse feito o primeiro "LL" em 2024. Antes de mandar uma bomba no ângulo esquerdo, tinha desperdiçado quatro oportunidades claras. Até mesmo para uma primeira partida do ano teria sido estranho.
Sempre importante citar Keno, peça fundamental para este time funcionar. No primeiro tempo, teve um bom chute após passe preciso de Marcelo, e também cabeceou uma bola no travessão. No começo da segunda etapa, foi pelo ar que ele empatou um jogo que estava com uma desvantagem injusta.
Até porque o tricolor se impôs técnica e fisicamente, sobretudo, nos primeiros 20 minutos. Porém, em um vacilo de Fábio, que entregou uma bola nos pés de Adsson, o Bangu encontrou um gol improvável — um golaço — quase do meio campo.
No geral, a defesa se manteve segura, com boas atuações do Felipe Melo — agora, capitão — e André, recuado para a zaga já na primeira partida do ano. Guga, que substituiu Samuel Xavier — fazendo tratamento de reequilíbrio muscular — deu a assistência para o gol de Keno e participou diretamente do segundo gol de Arias.
Há várias formas de vencer um adversário muito inferior, e o Fluminense o fez da forma correta, impondo-se de ponta a ponta. A análise do jogo não escapou disso em nenhum momento, independente do que o placar mostrava. Em busca do tricampeonato estadual, segue soberano na ponta da Taça Guanabara.
Contra o Boavista, às 16h do domingo, em Bacaxá, o time continuará tendo a oportunidade de continuar pegando ritmo, visando a Recopa Sul-Americana no fim do mês. Foi bom para ver que o empenho segue o mesmo, e as estrelas habituais seguem brilhando em Laranjeiras.
Fonte: O GLOBO
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