Com painel de Kobra, governo de São Paulo reforça ‘desejo’ de sediar uma edição do SXSW, que ocorre em Austin, no Texas
Aberta ao público de hoje até terça-feira, o local terá debates, palestras e shows, com o objetivo de inserir São Paulo no mapa da indústria criativa.
A ação de São Paulo é inédita para um estado brasileiro, mas segue uma tendência dos últimos anos do SXSW: o festival, realizado desde 1987 em Austin, a capital do Texas, tem recebido mais e mais brasileiros a cada edição. É gente interessada em descobrir tendências em temas tão variados como medicina, política, cinema, cannabis, música e tecnologia.
Barack Obama (durante sua presidência), Mark Zuckerberg e Elon Musk são algumas das personalidades que já falaram para os milhares que lotam Austin anualmente durante o evento.
No caso de São Paulo, a proposta é fazer do SXSW um "megafone" do que o estado produz, como explica a secretária estadual de Cultura, Economia e Indústrias Criativas, Marilia Marton:
— A cultura não é apenas entretenimento, ela é uma indústria, é um mercado que movimenta a economia. Para nós, estar aqui é uma missão de colocar São Paulo no mapa.
Ao menos na planta de Austin, São Paulo está muitíssimo bem localizado. O painel do grafiteiro Kobra, com a imagem de três personagens que indicam a pluralidade paulistana, está ao lado de um dos pontos do ônibus exclusivo para o uso dos participantes do SXSW e a poucos passos de onde acontecem os principais debates do festival.
O espaço paulista em Austin tem mil metros quadrados e expectativa de receber 5 mil pessoas ao longo dos próximos dias.
Ao lado do governo do estado, Ambev, BRF/Marfrig, Instituto CCR, Itaú, Fundação Itaú, Sabesp e Toyota patrocinam a ação. A curadoria e produção do espaço foi da agência SRCOM. Além da secretária de Cultura, estarão em Austin outros integrantes do governo, como o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Lima.
— A ideia é falar de São Paulo com pluralidade. É a São Paulo da cultura urbana, do desenvolvimento, das empresas. Mas também é a São Paulo da desigualdade, que vamos discutir trazendo para cá a ONG Gerando Falcões, a fim de pensarmos o que podemos fazer para mudar essa realidade — explica Marilia Marton.
A secretária acrescenta que esta é a primeira participação de muitas do governo do estado no SXSW. Ela sinaliza com a possibilidade de o próprio governador, Tarcísio de Freitas, vir para Austin em edições futuras e também com a vontade de negociar um braço do SXSW no Brasil — em 2023, o evento teve seu primeiro palco fora dos Estados Unidos, com a estreia do SXSW em Sydney, na Austrália.
— Desejo de trazer para São Paulo a gente tem. Para isso acontecer, é preciso que o parceiro passe confiança de que é capaz de usar a marca da melhor forma possível — afirma a secretária de Cultura.
*Enviado especial
Fonte: O GLOBO
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