Fotógrafo Ike Levy é ex-marido da cantora Luciana Mello; vítimas depositavam valores em bitcoins em contas de golpistas
Um influencer brasileiro teve fotos suas roubadas e usadas em um golpe milionário na Austrália, segundo revelou nesta quarta-feira o jornal The Age, um dos principais do país. Retiradas das contas de Facebook e Instagram do fotógrafo Ike Levy, ex-marido da cantora Luciana Mello, as imagens serviram para os golpistas criarem o personagem Franklin Edward, um suposto engenheiro americano que convencia vítimas a depositarem dinheiro em sua conta.
Marilyn Ayres, uma aposentada de 70 anos residente em Melbourne, foi uma dessas vítimas que se viu convencida pelo perfil falso. No total, ela repassou cerca de US$ 200 mil, o equivalente a quase R$ 1 milhão, para os golpistas. O caso foi denunciado à Polícia Federal da Austrália.
— Você poderia pensar que na minha idade eu saberia melhor. Mas é quase como se eu tivesse ignorado os sinais de alerta e suspendido a realidade. Eu me permiti ser sugada por esse homem — relatou ela ao jornal.
Além de Franklin Edward, outros nomes foram usados pelos golpistas, como Carlos Michaelson, Mark Hillary e Mark Dugan. De acordo com o The Age, algumas denúncias já levaram a Meta, dona do Facebook e do Instagram, a derrubar contas associadas ao esquema. As vítimas dos golpistas são mulheres com mais de 50 anos e frequentadoras de páginas de redes sociais dedicadas a animais.
Fotos de Ike Levy em motos e carros foram usadas no golpe — Foto: Divulgação
Um padrão se repete no esquema. O suposto homem se apresenta às vítimas como divorciado ou viúvo, tendo perdido a mulher em circunstâncias trágicas. Apesar de se dizer dono de um patrimônio considerável, ele sofre de problemas financeiros temporários. Convencida pelos golpistas, Marilyn Ayres fez 32 depósitos de US$ 181.540 em bitcoins em uma conta que seria de Edward. Ela gastou outros de US$ 10 mil em vale-presentes da Apple.
A aposentada recebeu uma mensagem do perfil de Franklin Edward, que dizia ser um engenheiro da cidade americana de Chicago, no dia 31 de maio do ano passado. Ele dizia ter ficado "cativado" com uma postagem de Ayres sobre gatos resgatados na guerra da Ucrânia. A conversa entre os dois continuou, mas passou a ocorrer em um aplicativo de mensagens criptografadas a pedido do suposto engenheiro, segundo o The Age.
"Não vou mentir para você Marilyn, meu amor, estou muito cansado da solidão", escreveu Edward, que dizia ter perdido a mulher e uma filha em um acidente de carro há oito anos.
Após meses de mensagens trocadas, em setembro do ano passado, o perfil falso alegou ter tido sua conta bancária penhorada pelo governo americano. Edward pediu um empréstimo à aposentada australiana para pagar o valor da dívida e voltar a ter acesso ao seu dinheiro. Extratos bancários, cópias de documentos, além de um contrato falso foram enviados para Ayres para convencê-la.
— Fizeram-me sentir vulnerável e crédula, e isso é pior para aqueles que são muito mais velhos. A vida pode ser muito cruel e agora estou apenas tentando manter minha cabeça no lugar — disse Ayres, que precisou se internar em uma clínica de saúde mental, ao jornal australiano.
Fonte: O GLOBO
Um influencer brasileiro teve fotos suas roubadas e usadas em um golpe milionário na Austrália, segundo revelou nesta quarta-feira o jornal The Age, um dos principais do país. Retiradas das contas de Facebook e Instagram do fotógrafo Ike Levy, ex-marido da cantora Luciana Mello, as imagens serviram para os golpistas criarem o personagem Franklin Edward, um suposto engenheiro americano que convencia vítimas a depositarem dinheiro em sua conta.
Marilyn Ayres, uma aposentada de 70 anos residente em Melbourne, foi uma dessas vítimas que se viu convencida pelo perfil falso. No total, ela repassou cerca de US$ 200 mil, o equivalente a quase R$ 1 milhão, para os golpistas. O caso foi denunciado à Polícia Federal da Austrália.
— Você poderia pensar que na minha idade eu saberia melhor. Mas é quase como se eu tivesse ignorado os sinais de alerta e suspendido a realidade. Eu me permiti ser sugada por esse homem — relatou ela ao jornal.
Além de Franklin Edward, outros nomes foram usados pelos golpistas, como Carlos Michaelson, Mark Hillary e Mark Dugan. De acordo com o The Age, algumas denúncias já levaram a Meta, dona do Facebook e do Instagram, a derrubar contas associadas ao esquema. As vítimas dos golpistas são mulheres com mais de 50 anos e frequentadoras de páginas de redes sociais dedicadas a animais.
Fotos de Ike Levy em motos e carros foram usadas no golpe — Foto: Divulgação
Um padrão se repete no esquema. O suposto homem se apresenta às vítimas como divorciado ou viúvo, tendo perdido a mulher em circunstâncias trágicas. Apesar de se dizer dono de um patrimônio considerável, ele sofre de problemas financeiros temporários. Convencida pelos golpistas, Marilyn Ayres fez 32 depósitos de US$ 181.540 em bitcoins em uma conta que seria de Edward. Ela gastou outros de US$ 10 mil em vale-presentes da Apple.
A aposentada recebeu uma mensagem do perfil de Franklin Edward, que dizia ser um engenheiro da cidade americana de Chicago, no dia 31 de maio do ano passado. Ele dizia ter ficado "cativado" com uma postagem de Ayres sobre gatos resgatados na guerra da Ucrânia. A conversa entre os dois continuou, mas passou a ocorrer em um aplicativo de mensagens criptografadas a pedido do suposto engenheiro, segundo o The Age.
"Não vou mentir para você Marilyn, meu amor, estou muito cansado da solidão", escreveu Edward, que dizia ter perdido a mulher e uma filha em um acidente de carro há oito anos.
Após meses de mensagens trocadas, em setembro do ano passado, o perfil falso alegou ter tido sua conta bancária penhorada pelo governo americano. Edward pediu um empréstimo à aposentada australiana para pagar o valor da dívida e voltar a ter acesso ao seu dinheiro. Extratos bancários, cópias de documentos, além de um contrato falso foram enviados para Ayres para convencê-la.
— Fizeram-me sentir vulnerável e crédula, e isso é pior para aqueles que são muito mais velhos. A vida pode ser muito cruel e agora estou apenas tentando manter minha cabeça no lugar — disse Ayres, que precisou se internar em uma clínica de saúde mental, ao jornal australiano.
Fonte: O GLOBO
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