Nova rodada de pesquisas da Genial/Quaest tem como público-alvo gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mundo das finanças
Seis em cada dez economistas do mercado financeiro (57%) dizem ter mudado sua carteira de investimentos após as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a Vale e a Petrobras. Outros 43% mantiveram os aportes. É o que indica a nova etapa da pesquisa Genial/Quaest.
Os pesquisadores entrevistaram 101 pessoas com fundos de investimento com sede no Rio e São Paulo, entre os dias 14 e 19 de março. O público-alvo da pesquisa são gestores, economistas, analistas, tomadores de decisão do mercado financeiro.
Para quase a totalidade dos entrevistados (97%), a Petrobras não pagar dividendos extraordinários aos investidores foi uma decisão errada. Apenas 3% defendem a iniciativa.
Foi também alta a taxa de quem vê como negativo o impacto na Bolsa de Valores da decisão dos conselheiros da Petrobras: 85%. Outros 15% consideraram que não houve impacto, e ninguém viu resultado positivo no episódio.
Perguntados sobre o que a companhia fará em relação aos dividendos não distribuídos, 52% dizem que a Petrobras vai repassá-los em algum momento até o fim do ano. Quase um terço (29%) avalia que a empresa vai transformar os recursos em investimentos, e 19% acha que o dinheiro será aplicado como reserva de capital.
Neste mês, a Petrobras anunciou que não distribuiria dividendos (fatia do lucro compartilhada com acionistas) extraordinários. O mercado financeiro até tinha a expectativa de que o governo federal pudesse rever a decisão, mas uma declaração de Lula — de que havia uma "choradeira do mercado" — azedou ainda mais o clima entre investidores.
Fonte: O GLOBO
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