Policial teria sido torturado por oito horas, após recusa de desistência
O Ministério Público do Distrito Federal pediu a prisão temporária de 14 policiais militares acusados de praticarem tortura contra um soldado durante curso de formação do Patrulhamento Tático Móvel do Batalhão de Choque (BPChoque), nesta segunda-feira. A prisão foi efetuada pela 3ª Promotoria de Justiça Militar e a Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal.
A denúncia foi feita pelo policial Danilo Martins Pereira, que diz ter sido forçado a desistir do curso de formação. Com a recusa da desistência, ele teria sido agredido, humilhado e torturado durante oito horas. Ele ficou seis dias internado.
Além das prisões, também foram realizados 15 mandados de busca e apreensão de celulares dos militares supostamente envolvidos e suspensão do curso até o encerramento das investigações. Também foram determinados o afastamento do comandante do BPChoque, o coronel Calebe Teixeira das Neves, até o encerramento das apurações e o acesso ao prontuário médico da suposta vítima para elaboração do laudo de exame de corpo de delito.
O soldado Danilo Martins Pereira estava na PM há quatro anos, quando decidiu tentar uma vaga no patrulhamento tático móvel do Batalhão de Choque da PM do Distrito Federal.
De acordo com o Jornal Nacional, no fim desta segunda-feira (29) a PM divulgou mais uma nota afirmando que não admite desvios de conduta e apura os fatos de maneira criteriosa e imparcial. A defesa de 13 PMs presos nesta segunda disse que eles foram surpreendidos com a operação e que vai apresentar as versões de cada um pra que a Justiça possa aplicar o direito da melhor forma.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários