Ben Binyamin foi dado como morto por extremistas do Hamas durante atentado de 7 de outubro

Ben Binyamin foi dado como morto pelos terroristas do Hamas quando invadiram Israel em 7 de outubro. Seis meses depois, ele é a rocha no centro da defesa da seleção israelense de futebol para amputados e sonha erguer a taça da Eurocopa 2024 na França, em junho.

Binyamin estava comemorando seu 29º aniversário no festival de música Supernova, onde 364 pessoas morreram. Ele perdeu a perna direita depois que os terroristas lançaram quatro granadas e atiraram contra um abrigo antiaéreo onde ele e seus amigos estavam se protegendo. Sua noiva também perdeu uma perna.

— Nunca pensei que voltaria a jogar futebol — disse o antigo jogador profissional, que perdeu a perna direita. — Eu tinha certeza de que não seria capaz de andar, muito menos correr.

No entanto, hoje ele sai pelo meio-campo de muletas e pode disparar um chute forte com o pé esquerdo no canto da rede, na entrada da área.

Binyamin não gosta de lembrar do horror que passou durante o ataque de 7 de outubro. O atentado resultou em cerca de 1.160 mortes em Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP com dados oficiais israelenses.

Ele perdeu amigos. O corpo de sua amiga Shani Louk desfilou por Gaza após o banho de sangue, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Dois de seus outros companheiros de equipe na sessão de treinamento perto de Tel Aviv eram soldados que perderam as pernas lutando contra o Hamas em Gaza. Um foi baleado por um atirador, o outro teve a perna destroçada quando seu veículo blindado foi atingido por um foguete.

O grupo fundou uma rede de apoio mútuo que levou a nascente equipe de futebol de Israel para amputados às finais europeias. O homem que os recrutou em seus leitos de hospital, Zach Shichrur, sabe o que eles passaram.

Quase 33 mil pessoas foram mortas na resposta de Israel ao ataque de 7 de outubro, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave. Mas, mesmo que a guerra termine amanhã, Binyamin, que passou anos "jogando em times árabes" em Israel, não vê chance de um amistoso para selar a paz tão cedo.


Fonte: O GLOBO