Mesmo assim, ainda está acima da cota de inundação, que é de 3 metros
Pela primeira vez desde a madrugada do dia 3 de maio, o nível Guaíba, em Porto Alegre, manteve redução e ficou abaixo de 4 metros no Cais Mauá. Na medição de 06h15 desta quarta-feira, o nível ficou em 3,92 metros. As informações são da Rede Hidrometeorológica Nacional, da Agência Nacional de Águas (ANA). Mesmo assim, ainda está acima da cota de inundação, que é de 3 metros.
A última vez que o Sistema Hidro, da ANA, registrou marca tão baixa foi às 23h15 do dia 2, com 3,69 m. Nos últimos dias, com o recuo da água em alguns pontos da região central da cidade, moradores e comerciantes começaram a limpeza e contabilizar os prejuízos.
Nível do Rio Guaíba (Porto Alegre/RS) chega a 3,92 — Foto: Reprodução
Qual foi a cota máxima registrada para o Guaíba?
A cota máxima do Guaíba foi registrada em 4 de maio, quando os medidores alcançaram 5,35 metros. O recorde anterior era da enchente de 1941, quando o nível do rio alcançou os 4,74 metros. A altura da água deve começar a baixar em um processo de esvaziamento que deve levar, pelo menos, até o fim do mês de maio ou mais, dada a possiblidade de novas chuvas.
Imagens de satélite mostram avanço das águas do Guaíba
Imagens de satélite da Agência Espacial Europeia mostram sedimentos do Guaíba descendo pela Lagoa dos Patos — Foto: Reprodução / Lods/Furgs
Imagens de satélite divulgadas pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg) mostram uma mancha de sedimentos que desce dos rios no interior do estado, que desembocam no Guaíba e se espalham pela Lagoa dos Patos. As fotos captadas pela Agência Espacial Europeia entre quarta e sexta-feira da semana passada, nos dias 14, 15 e 17 de maio, também ressaltam a preocupação com o aumento do nível da Lagoa, cuja média estava em 2,68 metros, enquanto a cota de inundação é de 1,30 metros.
De acordo com o coordenador do Lods, Fabricio Sanguinetti, a mancha avermelhada é causada por uma "pluma de sedimentos", levantada pelo grande volume de chuvas que atingiram as bacias hidrográficas ao norte do Rio Grande do Sul nas últimas semanas.
Fonte: O GLOBO
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