CBF quer evitar prolongamento do Brasileiro e pressão por suspensão do rebaixamento
Passado quase um mês do início das chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul, será realizado nesta segunda, na sede da CBF, o Conselho Técnico de clubes da Série A. Pauta dos debates na primeira quinzena de maio, a paralisação total do Brasileiro já ocorreu. O torneio, inclusive, tem previsão de ser retomado no próximo fim de semana. Ainda assim, existe a expectativa de reunião tensa.
A discussão em torno da paralisação escancarou como, apesar das tentativas de formação de liga, os clubes seguem desunidos. Agora, as pautas são mais diversas e individuais. Sentindo-se prejudicados com o adiamento dos jogos, os que possuem atletas convocáveis querem a remarcação para fora das datas Fifa, o que levaria ao adiamento do fim do Brasileiro. A CBF pretende explicar que isso é impossível, já que o Intercontinental da Fifa começa na semana seguinte. O presidente Ednaldo Rodrigues não considera essa possibilidade:
— A CBF vai propor soluções que possam ser conciliadas dentro do próprio calendário de 2024, buscando a melhor condição possível para que os clubes se sintam confortáveis. O propósito é que a competição termine dia 8 de dezembro. Mas não vai ser nada de forma ditatorial. A gente sempre pautou por discutir exaustivamente todos os pontos que sejam importantes para o futebol brasileiro — disse ele, ontem, no evento Futebol Solidário.
A entidade também quer lembrá-los como isso os obrigaria a estender contratos de atletas e, também, impactaria no já apertado calendário de 2025 (que terá o novo Mundial de clubes). Para completar, há os acordos com parceiros comerciais.
Ao mesmo tempo, o trio gaúcho tem suas próprias pautas. Entendem que terão prejuízo técnico pelo tempo parados enquanto os demais treinavam e jogavam. O não rebaixamento este ano é um pedido que paira no ar, e a CBF irá resistir. Rodrigues também foi taxativo sobre o assunto:
— Rebaixamentos são leis, e a CBF cumpre integralmente as leis, os regulamentos. A FIFA, seu estatuto, determina que as competições sejam de acesso e descenso. Na Conmebol também, na Lei Pelé, Lei Geral do Esporte, estatuto da CBF. Portanto, é um ponto sobre o qual que não passa pela CBF nenhuma proposição.
Há o aspecto financeiro. A dupla Gre-Nal se mudou para São Paulo, o que elevou os gastos com hospedagem e diárias. Além disso, farão mais viagens por não contarem com seus estádios. A ajuda para arcar com estes custos será um dos pleitos.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários