Estado, que tem sofrido ora com tempestades e ora com estiagens, precisa de ajuda emergencial, mas também para ações preventivas

O Rio Grande do Sul tem sofrido de forma contundente com os extremos climáticos. Neste momento são as chuvas, mas como me lembrou o próprio governador Eduardo Leite, numa conversa recente, nos últimos anos o estado foi vítima de três estiagens que levaram a uma queda da produção de grãos de 40%. E aí depois vieram as tempestades, em setembro passado, que agora se repetem em um cenário de ainda maior gravidade.

Quando se fala em mudanças climáticas, há dois pontos importantes: mitigação e adaptação. A adaptação é exatamente esse esforço de encontrar formas de proteger a população, diante da perspectiva de desastres climáticos. E essa é uma tarefa de todos, da defesa civil de todo o Brasil, dos planejadores urbanos, dos administradores, é um trabalho coletivo que tem que ser feito, não pode mais ser adiado.

Os últimos anos no Rio Grande do Sul foram difíceis, o que demanda uma atenção extra com o estado. Do ponto de vista da economia, o Rio Grande do Sul tem feito um trabalho muito bom. O governador Eduardo Leite, vêm colocando em ordem as contas públicas, mas as tragédias climáticas frequentes impõem um desafio extra não só pelo lado da economia, mas pelo humano. Os relatos são dramáticos, há quem perdeu em menos de um ano, por conta da chuva, duas vezes tudo o que tinha em casa.

O Rio Grande do Sul precisa de ajuda do governo federal para apoiar tanto o resgate dos moradores em risco, quanto as ações preventivas, afinal como todos sabemos os efeitos das mudanças climáticas devem se agravar.


Fonte: O GLOBO