Luana Otoni de Paula, de 39 anos, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça de Minas

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) suspendeu o registro da advogada Luana Otoni de Paula, de 39 anos. Ela foi presa por injúria racial e agressão contra funcionários, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. Na segunda-feira, Luana foi destituída da presidência de uma das comissões do órgão. A portaria que revogou a nomeação dela para o cargo de dirigente da "Comissão de Direito da Moda" tem assinatura do presidente da instituição, Sérgio Leonardo. Com a suspensão da carteira profissional, nesta terça-feira, ela passa a não exercer o ofício.

Nesta segunda, a advogada passou por audiência de custódia, em que a Justiça concedeu liberdade provisória à mulher. O magistrado atendeu o pedido do Ministério Público de Minas Gerais, que pediu a soltura. Na decisão, o juiz afirmou que a conduta de Luana, apesar de reprovável, não possuía “gravidade objetiva” o suficiente para a manutenção da prisão. Ela foi solta na manhã desta terça-feira após uma medida cautelar determinando o comparecimento mensal dela em Juízo.

Advogada presa por injúria racial contra funcionário de aeroporto é destituída de comissão da OAB — Foto: Reprodução

O que aconteceu?

A advogada Luana Otoni de Paula foi presa em flagrante pela Polícia Federal (PF) no último domingo (22) depois que chamou um funcionário de uma linha aérea de “babaca, cretino, macaco, preto” e ainda bateu nele. Luana era passageira de um voo com destino a Natal, no Rio Grande do Norte, mas foi impedida de embarcar por apresentar sintomas de embriaguez. Segundo o Boletim de Ocorrência, as agressões começaram depois que um funcionário da companhia aérea informou que ela precisava ser realocada em outro voo por medidas de segurança previstas nos protocolos da aviação civil.

Além das testemunhas, imagens de câmeras de segurança mostram a mulher agredindo o funcionário com chutes e socos, além de proferir diversas ofensas racistas. A Polícia Federal foi acionada e deu voz de prisão à suspeita. Os agentes disseram que também foram ofendidos verbalmente pela passageira.


Fonte: O GLOBO