Polícia suspeita que o veículo teria sido usado em uma tentativa de fuga no dia da operação Mandrágora, que resultou nas prisões da mãe, irmão e três funcionários da empresária.
Uma semana após Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do boi Garantido, ter sido encontrada morta dentro de casa em Manaus, a polícia localizou na tarde desta terça-feira (4) o carro que ela usava abandonado em um estacionamento, na avenida Álvaro Maia, bairro Praça 14, Zona Sul da capital do Amazonas.
De acordo com a polícia, uma das suspeitas é que o veículo teria sido usado em uma tentativa de fuga no dia da operação Mandrágora, que resultou nas prisões da mãe e do irmão de Djidja, e três funcionários da rede de salões de beleza da família Cardoso.
"Existe a suspeita de que um dos envolvidos tenha fugido nesse carro e também existe a possibilidade desse carro tenha sido deixado como garantia de compras de produtos que eles faziam utilização. Isso tudo faz parte do nosso inquérito. Nós vamos avaliar as imagens de câmeras de segurança para tentar identificar outras pessoas", disse o delegado Cícero Túlio, que é responsável pelo caso.
O carro de Djidja foi vistoriado por policiais do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) ainda no estacionamento onde estava abandonado. Depois, o automóvel foi guinchado pela polícia.
Não há informações sobre quem fez a denúncia que levou os investigadores a encontrar o automóvel.
Há pouco mais de um mês, a polícia começou a investigar Djidja, o irmão e a mãe, Ademar e Cleusimar Cardoso, por tráfico de cetamina. Segundo o inquérito, os três criaram um grupo religioso chamado, "Pai, Mãe, Vida", que incentivava o uso de da substância para alcançar uma falsa plenitude espiritual.
Vídeos, obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, e que foram incluídos pela polícia na investigação sobre o caso, mostram o uso indiscriminado da droga na casa da família de Djidja.
Causa da morte de Djidja
Djidja, que por cinco anos foi uma das estrelas do Festival de Parintins, foi encontrada morta no último dia 28. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte da ex-sinhazinha foi causada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração.
O laudo, no entanto, não aponta o que teria levado Djidja ao quadro.
A principal hipótese da polícia é de que a morte da ex-sinhazinha tenha relação com uma overdose de cetamina, substância anestésica que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa.
O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ficar prontos ainda este mês.
Fonte: G1
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