Presidente da Câmara afirma que aliança mira 2026, quando pode concorrer ao Senado
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que apoiará a candidatura de João Henrique Caldas (PL), o JHC, para a prefeitura de Maceió, mesmo sem indicar o vice para a chapa. Ao GLOBO, Lira disse que a aliança já está formada e JHC, por ser bem avaliado, tem a liberdade de escolher quem quiser para ocupar o posto.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que apoiará a candidatura de João Henrique Caldas (PL), o JHC, para a prefeitura de Maceió, mesmo sem indicar o vice para a chapa. Ao GLOBO, Lira disse que a aliança já está formada e JHC, por ser bem avaliado, tem a liberdade de escolher quem quiser para ocupar o posto.
De acordo com ele, a articulação mira as eleições de 2026, ano em que pode ser candidato ao Senado com o apoio do grupo político do atual prefeito da capital alagoana.JHC escolheu um nome diferente dos apresentados pelo presidente da Câmara para vice em sua chapa, e já disse a aliados que o posto caberá ao senador Rodrigo Cunha (Podemos).
Caso seja reeleito neste ano, o prefeito é cotado para tentar o governo de Alagoas em 2026, deixando a prefeitura nas mãos do seu vice. A movimentação ainda garantiria à família Caldas uma cadeira no Senado, já que a mãe de JHC, Eudócia Caldas, é a suplente de Cunha.
— A discussão do vice de Maceió ganhou uma proporção inacreditável, parece que estamos falando do vice do Joe Biden ou do Donald Trump (candidatos à presidência dos Estados Unidos). JHC é meu aliado, sim. Temos trabalhado juntos por Maceió nos últimos anos e costuramos os apoios de partidos em torno do JHC. Especula-se muito o vice do JHC, mas o prefeito é bem avaliado e quer se resguardar politicamente. Nosso debate não é sobre o vice deste ano, é sobre 2026. Queremos uma construção. Hoje, penso em ajudar os amigos, eleger prefeitos.
Sobre a possibilidade de ser candidato ao Senado nas próximas eleições, Lira não refutou a hipótese.
— Há uma especulação forte em Alagoas (sobre ser candidato ao Senado). Por quê? Porque, para deputado federal, tenho 52 prefeitos. Fui o federal mais votado da história de Alagoas, presidente da Câmara, ajudo muito meu estado, meus municípios. Então, é lógico que o nome é lembrado.
Ele afirmou que uma eventual composição com Renan Calheiros, seu adversário local, e que também deve se lançar ao Senado, é "improvável".
— É muito difícil. Na política, é possível, mas penso que é muito difícil. Partiu sempre dele (a briga). De um dia para a noite, o senador Renan, num comício no sertão, agrediu o meu pai. Aí, ao invés de o meu pai reagir, quem reagiu fui eu, e tudo começou.
Calheiros ainda tenta atrair o PT
Do outro lado da disputa, o senador Renan Calheiros (MDB) tenta atrair o PT para vice do seu candidato à prefeitura de Maceió este ano, o deputado emedebista Rafael Brito. Renan vê as pesquisas internas indicarem a possibilidade de vitória de JHC no primeiro turno e esbarra na resistência petista em fechar uma aliança.
No entender do senador, a única chance de levar a eleição para o segundo turno passava pela nacionalização do debate, atrelada à oposição do seu grupo político ao de Lira. Com o PT na chapa, Brito poderia falar em “união de forças contra JHC, que é o candidato de Bolsonaro”.
Entretanto, os petistas já formalizaram uma chapa encabeçada pelo presidente estadual do partido, Ricardo Barbosa, que terá Eliane Silva (PSOL) como vice. A coligação conta ainda com os apoios de PCdoB, PV, federados com o PT, e Rede. As resistências dos petistas ocorrem por dois motivos: primeiro, por acreditarem que apenas um petista poderia se opor efetivamente ao grupo de Bolsonaro e Lira. Por outro lado, os governistas argumentam que Ricardo Barbosa e Rafael Brito estão próximos em intenção de votos e acreditam que o petista saltará em popularidade com o apoio de Lula.
Fonte: O GLOBO
— A discussão do vice de Maceió ganhou uma proporção inacreditável, parece que estamos falando do vice do Joe Biden ou do Donald Trump (candidatos à presidência dos Estados Unidos). JHC é meu aliado, sim. Temos trabalhado juntos por Maceió nos últimos anos e costuramos os apoios de partidos em torno do JHC. Especula-se muito o vice do JHC, mas o prefeito é bem avaliado e quer se resguardar politicamente. Nosso debate não é sobre o vice deste ano, é sobre 2026. Queremos uma construção. Hoje, penso em ajudar os amigos, eleger prefeitos.
Sobre a possibilidade de ser candidato ao Senado nas próximas eleições, Lira não refutou a hipótese.
— Há uma especulação forte em Alagoas (sobre ser candidato ao Senado). Por quê? Porque, para deputado federal, tenho 52 prefeitos. Fui o federal mais votado da história de Alagoas, presidente da Câmara, ajudo muito meu estado, meus municípios. Então, é lógico que o nome é lembrado.
Ele afirmou que uma eventual composição com Renan Calheiros, seu adversário local, e que também deve se lançar ao Senado, é "improvável".
— É muito difícil. Na política, é possível, mas penso que é muito difícil. Partiu sempre dele (a briga). De um dia para a noite, o senador Renan, num comício no sertão, agrediu o meu pai. Aí, ao invés de o meu pai reagir, quem reagiu fui eu, e tudo começou.
Calheiros ainda tenta atrair o PT
Do outro lado da disputa, o senador Renan Calheiros (MDB) tenta atrair o PT para vice do seu candidato à prefeitura de Maceió este ano, o deputado emedebista Rafael Brito. Renan vê as pesquisas internas indicarem a possibilidade de vitória de JHC no primeiro turno e esbarra na resistência petista em fechar uma aliança.
No entender do senador, a única chance de levar a eleição para o segundo turno passava pela nacionalização do debate, atrelada à oposição do seu grupo político ao de Lira. Com o PT na chapa, Brito poderia falar em “união de forças contra JHC, que é o candidato de Bolsonaro”.
Entretanto, os petistas já formalizaram uma chapa encabeçada pelo presidente estadual do partido, Ricardo Barbosa, que terá Eliane Silva (PSOL) como vice. A coligação conta ainda com os apoios de PCdoB, PV, federados com o PT, e Rede. As resistências dos petistas ocorrem por dois motivos: primeiro, por acreditarem que apenas um petista poderia se opor efetivamente ao grupo de Bolsonaro e Lira. Por outro lado, os governistas argumentam que Ricardo Barbosa e Rafael Brito estão próximos em intenção de votos e acreditam que o petista saltará em popularidade com o apoio de Lula.
Fonte: O GLOBO
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