Pela nona semana consecutiva, o mercado revisou para cima a projeção de inflação para este ano, de 4% para 4,02% em 2024 .Para 2025, essa foi a décima semana de elevação das estimativas para o IPCA, que foi de 3,87% para 3,88%. 

No Boletim Focus, que reúne as projeções de mais de uma centena de analistas, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central do Brasil, houve ainda um ligeiro aumento na expectativa de crescimento da economia para este ano, de 2,09% para 2,10%, projeção ainda abaixo da feita pela autoridade monetária em seu relatório trimestral de inflação que previu um alta de 2,3% do PIB. De outro lado, para o próximo ano a estimativa de crescimento foi revista para baixo, de 1,98% para 1,97%.

Depois de uma semana que terminou com uma recuperação do real frente ao dólar, depois da divisa chegar a ser cotada a R$ 5,70, a previsão de cotação da moeda americana se manteve estável para este ano, em R$ 5,20. No entanto, houve um acréscimo de um centavo nas projeções do câmbio para 2025 e 2026, saindo de R$ 5,19 para R$ 5,20. Étore Sahchez, da Ativa Investimentos, chama atenção que esse ajuste em uma cotação de R$5,20/US$ para toda a curva até 2026.

"Comparado à semana passada, nossas estimativas das projeções condicionais do BC se mantiveram as mesmas, em 4,1% e 3,5%, respectivamente para 2024 e 2025. É importante destacar que houve um avanço no câmbio na métrica da média dos últimos 10 dias úteis utilizada pelo BC', diz Sanchez em seu relatórios.

- Nenhum novidade inflação piorando na margem e PIB melhorando também na margem e dólar e inflação mantidos. Os agentes do mercado aguardando reformas para aprimorar projeções de inflação e fiscal - avalia Álvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec.

As expectativas do mercado para a taxa de juros básica da economia, a Selic, permaneceram inalteradas: 10,50% para 2024, 9,50% para 2025, e 9% para 2026 e 2027.


Fonte: O GLOBO