Aliado de Bolsonaro soma 48% das intenções de voto, enquanto sobrinho do atual prefeito, apoiado por Lula, aparece em seguida com 26%
A segunda pesquisa Quaest sobre a eleição em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, indica que a melhora na avaliação do governo do prefeito Waguinho (Republicanos) não foi o suficiente para afetar a ampla margem de liderança de Márcio Canella (União Brasil) mostrada em junho.
A segunda pesquisa Quaest sobre a eleição em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, indica que a melhora na avaliação do governo do prefeito Waguinho (Republicanos) não foi o suficiente para afetar a ampla margem de liderança de Márcio Canella (União Brasil) mostrada em junho.
O deputado estadual aparece com 48% (eram 51%) das intenções de voto no levantamento estimulado, contra 26% (eram 25%) de Matheus do Waguinho (Republicanos), sobrinho e correligionário do chefe do executivo municipal— de quem Canella era aliado próximo até o pleito de 2022. As variações estão dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
Assis Freitas (PSB) soma 2% (era 1%) e Gustavo Ferreira (Novo) não pontuou (era 1%). Os indecisos, segundo o instituto, correspondem a 16% (eram 12%), enquanto 8% declaram o desejo de votar nulo, em branco ou de não participar do pleito (eram 10%).
Na pesquisa espontânea, na qual os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado, o percentual de indecisos aumenta para 66% (eram 70%), apontando uma disputa potencialmente aberta.
Neste levantamento, Canella mantêm-se numericamente à frente, apesar de uma oscilação negativa no limite da margem de erro: ele tem 15% (eram 19%), enquanto Matheus surge com 14% (eram 8%), além de 1% para a opção "outro" e 4% de branco/nulo.
A pesquisa também mensura um segundo cenário com a adição de Dr. Vinícius Crânio (PSOL), que não pontuou. Já Asis Freitas foi de 2% para 1%. Os outros percentuais permaneceram os mesmos.
Com dois nomes despontando como favoritos neste início de corrida eleitoral, a Quaest simulou apenas um cenário de segundo turno. Nele, Canella conquista a preferência de 51% dos eleitores (eram 55%), ante 31% (eram 27%) que optariam pelo parente do atual prefeito. Os indecisos são 11% (eram 8%), e branco/nulo totalizam 7% (eram 10%).
Avaliação do prefeito
A despeito da dificuldade inicial em alavancar a postulação do sobrinho, a gestão de Waguinho à frente da prefeitura tem avaliação positiva (47%) superior à negativa (15%), enquanto 35% a classificam como regular. Outros 3% não souberam opinar ou não responderam.
A diferença entre os que consideram a gestão positiva e negativa saltou de 17 para 32 pontos percentuais entre junho e julho.
De dez áreas prioritárias elencadas pela Quaest, em cinco mais de 50% dos entrevistados consideram que houve melhora com Waguinho: asfaltamento (81%), saúde (65%), educação (61%), limpeza (61%) e habitação (55%). Em outras duas, o total dos que enxergam piora é maior: segurança (51% a 37%), trânsito (46% a 37%).
A pesquisa foi encomendada pela Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, e protocolada sob o número RJ-06992/2024. Foram ouvidos presencialmente 600 moradores de Belford Roxo com 16 anos ou mais, entre os dias 21 e 24 de julho. O nível de confiança é de 95%.
Antigos aliados
Em 2016, quando elegeu-se prefeito de Belford Roxo pela primeira vez, Waguinho tinha Márcio Canella como vice. A aliança permaneceu sólida até 2022, quando, em campanha conjunta, Canella e Daniela Carneiro, mulher do gestor municipal, foram os mais votados do Rio para deputado estadual e federal, respectivamente. Impulsionada pelo apoio do marido a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Baixada Fluminense em meio ao segundo turno da eleição presidencial daquele ano, Daniela chegou a ser, por alguns meses, ministra do Turismo do governo petista.
A gênese do racha passa justamente pela escolha de Waguinho sobre Lula na ocasião, já que Canella optou por caminhar com o então aspirante à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Antes mesmo disso, porém, o prefeito, à época também no União Brasil, vetou a indicação do aliado para a vice do governador Cláudio Castro (PL), que também tentaria — e alcançaria — a manutenção no cargo.
Em março do ano passado, o caldo entornou de vez quando Waguinho avisou a Canella que não o apoiaria à sucessão, optando pela aposta no sobrinho, Matheus, seu secretário municipal de Gestão e Inovação. O rompimento passou ainda por uma saída conturbada de Waguinho do União Brasil para assumir o diretório fluminense do Republicanos.
Em meio às divergências entre os antigos aliados, a Quaest mensurou o tamanho do peso do apoio de Bolsonaro e Lula na eleição municipal de Belford Roxo. Quando a chancela do ex-presidente a Canella é apresentada aos entrevistados, assim como a do atual titular do Planalto a Matheus do Waguinho, as intenções de voto do deputado estadual passam de 51% para 47%, enquanto o sobrinho do prefeito salta de 31% para 38%. Neste caso, há 7% de indecisos, e 8% optando por votar branco ou nulo.
Fonte: O GLOBO
Assis Freitas (PSB) soma 2% (era 1%) e Gustavo Ferreira (Novo) não pontuou (era 1%). Os indecisos, segundo o instituto, correspondem a 16% (eram 12%), enquanto 8% declaram o desejo de votar nulo, em branco ou de não participar do pleito (eram 10%).
Na pesquisa espontânea, na qual os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado, o percentual de indecisos aumenta para 66% (eram 70%), apontando uma disputa potencialmente aberta.
Neste levantamento, Canella mantêm-se numericamente à frente, apesar de uma oscilação negativa no limite da margem de erro: ele tem 15% (eram 19%), enquanto Matheus surge com 14% (eram 8%), além de 1% para a opção "outro" e 4% de branco/nulo.
A pesquisa também mensura um segundo cenário com a adição de Dr. Vinícius Crânio (PSOL), que não pontuou. Já Asis Freitas foi de 2% para 1%. Os outros percentuais permaneceram os mesmos.
Com dois nomes despontando como favoritos neste início de corrida eleitoral, a Quaest simulou apenas um cenário de segundo turno. Nele, Canella conquista a preferência de 51% dos eleitores (eram 55%), ante 31% (eram 27%) que optariam pelo parente do atual prefeito. Os indecisos são 11% (eram 8%), e branco/nulo totalizam 7% (eram 10%).
Avaliação do prefeito
A despeito da dificuldade inicial em alavancar a postulação do sobrinho, a gestão de Waguinho à frente da prefeitura tem avaliação positiva (47%) superior à negativa (15%), enquanto 35% a classificam como regular. Outros 3% não souberam opinar ou não responderam.
A diferença entre os que consideram a gestão positiva e negativa saltou de 17 para 32 pontos percentuais entre junho e julho.
De dez áreas prioritárias elencadas pela Quaest, em cinco mais de 50% dos entrevistados consideram que houve melhora com Waguinho: asfaltamento (81%), saúde (65%), educação (61%), limpeza (61%) e habitação (55%). Em outras duas, o total dos que enxergam piora é maior: segurança (51% a 37%), trânsito (46% a 37%).
A pesquisa foi encomendada pela Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, e protocolada sob o número RJ-06992/2024. Foram ouvidos presencialmente 600 moradores de Belford Roxo com 16 anos ou mais, entre os dias 21 e 24 de julho. O nível de confiança é de 95%.
Antigos aliados
Em 2016, quando elegeu-se prefeito de Belford Roxo pela primeira vez, Waguinho tinha Márcio Canella como vice. A aliança permaneceu sólida até 2022, quando, em campanha conjunta, Canella e Daniela Carneiro, mulher do gestor municipal, foram os mais votados do Rio para deputado estadual e federal, respectivamente. Impulsionada pelo apoio do marido a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Baixada Fluminense em meio ao segundo turno da eleição presidencial daquele ano, Daniela chegou a ser, por alguns meses, ministra do Turismo do governo petista.
A gênese do racha passa justamente pela escolha de Waguinho sobre Lula na ocasião, já que Canella optou por caminhar com o então aspirante à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Antes mesmo disso, porém, o prefeito, à época também no União Brasil, vetou a indicação do aliado para a vice do governador Cláudio Castro (PL), que também tentaria — e alcançaria — a manutenção no cargo.
Em março do ano passado, o caldo entornou de vez quando Waguinho avisou a Canella que não o apoiaria à sucessão, optando pela aposta no sobrinho, Matheus, seu secretário municipal de Gestão e Inovação. O rompimento passou ainda por uma saída conturbada de Waguinho do União Brasil para assumir o diretório fluminense do Republicanos.
Em meio às divergências entre os antigos aliados, a Quaest mensurou o tamanho do peso do apoio de Bolsonaro e Lula na eleição municipal de Belford Roxo. Quando a chancela do ex-presidente a Canella é apresentada aos entrevistados, assim como a do atual titular do Planalto a Matheus do Waguinho, as intenções de voto do deputado estadual passam de 51% para 47%, enquanto o sobrinho do prefeito salta de 31% para 38%. Neste caso, há 7% de indecisos, e 8% optando por votar branco ou nulo.
Fonte: O GLOBO
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